Candidatos eleitos e reeleitos que chegaram na tarde desta segunda (4) para uma reunião em Brasília convocada pela campanha de Dilma Rousseff destacaram a necessidade de a candidata do PT ter no segundo turno estratégias que permitam a conquista dos votos dos eleitores de Marina Silva (PV), terceira colocada na disputa presidencial com quase 20% dos votos.

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Para eles, é relevante uma declaração de apoio da presidenciável do Partido Verde - integrante, ao lado de Dilma, do ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, mas é mais importante convencer os eleitores de Marina de que Dilma é a candidata que tem mais afinidades com ela.

"A busca do apoio de Marina é importante, mas a busca dos eleitores de Marina é mais ainda. Neste momento, diálogo e humildade é importante. É uma nova campanha que se inicia. Vamos assumir compromissos", declarou o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

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"Pela história da Marina, ela tem muito mais afinidade conosco que com o outro lado", afirmou o senador reeleito Delcídio Amaral (PT-MS). "A Marina não é nossa inimiga. Vamos conversar com os eleitores dela", declarou o senador reeleito Edson Lobão (PMDB-MA).

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que também foi chamado para o encontro, disse que os eleitores de Marina deverão optar por Dilma no segundo turno. "Tenho certeza que grande parte dos eleitores de Marina vão se orientar pelos eleitores da Dilma. Quanto a isso, não há dúvida."

Para a senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP), o voto que provocou o segundo turno não foi o voto em José Serra (PSDB). "Esse voto [que levou ao segundo turno] foi para a Marina, que é uma pessoa ética e batalhadora", disse.

"O segundo turno foi o sucesso da abordagem da Marina, que é uma pessoa inatacável. Foi o novo que encantou", declarou o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Desfazer críticas

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O senador reeleito Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que uma das missões dele durante a campanha do segundo turno será "restabelecer a verdade" no meio evangélico. Segundo afirmou, foram disseminados boatos de que Dilma seria favorável ao aborto. "Todas as causas que são importantes para restabelecer a verdade, eu vou abraçar", declarou.

O governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) disse que, no primeiro turno, não houve tempo para se responder às críticas formuladas à campanha de Dilma. Ele se referiu especificamente às denúncias que resultaram em escândalos nas últimas semanas da campanha.

"Fizeram críticas que não tiveram tempo de ser respondidas. Vamos conversar com todos. Vamos fazer uma campanha muito tranquila. O Serra foi para o segundo turno muito distante. Agora é hora de desfazer mentiras e colocar a militância na rua", disse.