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Alvaro: sem colisão com Beto. Por enquanto. | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Alvaro: sem colisão com Beto. Por enquanto.| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Beto nega racha em coligação

Em visita a Foz do Iguaçu, o candidato do PSDB ao governo, Beto Richa, negou ontem que haja algum racha em sua coligação. Na terça-feira, o candidato a senador Ricardo Barros (PP) deu sinais de que a coligação só vale até 3 de outubro – depois, o partido poderia integrar a base de apoio a um possível governo Dilma Rousseff.

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O senador Alvaro Dias (PSDB) declarou ontem pela primeira vez que pretende votar no irmão, Osmar Dias (PDT), para o governo do estado. Alvaro vinha se mantendo neutro na campanha, até por pertencer ao mesmo partido do principal adversário de seu irmão, Beto Richa.

O anúncio de Alvaro pode ser mais um indício de crise na coligação de Beto Richa. Na terça-feira, o candidato ao Senado Ricardo Barros (PP) demonstrou descontentamento com a condução da campanha e disse que seu partido poderá migrar para a base de apoio a Dilma Rousseff (PT) em caso de vitória da presidenciável petista.

Em Maringá, Alvaro disse que o seu voto não será "do político", mas "do ser humano". "Não posso fazer campanha para o Osmar, já que a legislação eleitoral proíbe", afirmou. Alvaro poderia ser punido por infidelidade partidária caso pedisse votos para alguém de outra coligação. "Mas veio de uma maneira natural: perguntaram em quem eu votaria e eu respondi", comentou à Gazeta do Povo.

O senador disse que não consultou ninguém no partido sobre sua decisão. "Mas tenho certeza de que meus companheiros de partido vão entender", opinou. A reportagem tentou contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, mas ele não foi encontrado.

Ataque

Alvaro negou que o ataque feito por Beto Richa a seu governo no debate da RIC, na segunda-feira, tenha relação com a sua declaração de voto. Beto afirmou que sua família não devia nenhuma explicação por maus-tratos contra os professores, em alusão ao confronto entre policiais militares e professores em 1988, em Curitiba, durante o governo de Alvaro.

"Isso não teve influência na minha decisão", disse Alvaro. "Eu não me incomodo com declarações de candidatos desesperados. A minha posição sobre isso é que a inveja, o ódio e esse complexo de inferioridade anulam a inteligência e podem transformar o cidadão na fortaleza da mediocridade."

O senador insistiu que o voto não muda suas convicções políticas. Alvaro e Osmar estão em lados diferentes no Congresso Nacional e na campanha nacional. Alvaro faz oposição ferrenha a Lula, é uma das principais vozes da oposição e apoia o candidato do PSDB à Presidência, José Serra; Osmar é aliado de Lula e apoia Dilma. "O meu voto é de quem quer respeitar a memória de seus pais. Se estivessem vivos, eles certamente pediriam esse voto", disse.

Osmar comentou ontem, por meio de sua assessoria, que estava "muito feliz" e que "não esperava outra coisa". Richa preferiu não comentar. Sua assessoria afirmou apenas que Al­­­varo nunca apoiou o candidato do PSDB.

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