Depois da revista The Economist, nesta quarta-feira (27) o também britânico Financial Times declarou em editorial que o candidato do PSDB, José Serra, "é a melhor opção para o Brasil". As duas publicações britânicas mostram apoio à alternância no poder após oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ver poucas diferenças entre o tucano e a petista Dilma Rousseff, o FT argumenta a favor de uma interrupção da "relação com o poder". Em artigo da última edição, a The Economist também afirma que, depois de dois mandatos do PT, "o Brasil poderia se beneficiar de uma mudança".

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As duas principais publicações britânicas fazem avaliação similar dos candidatos. Ambas acreditam que Dilma e Serra guardam semelhanças pelo fato de serem social-democratas com pouco charme. "Os dois têm sido comparados a Gordon Brown, só que sem carisma", escreve o FT, referindo-se ao ex-primeiro-ministro britânico reconhecido por sua falta de desenvoltura política.

A Economist e o FT dizem também que Dilma é favorável a um Estado maior, enquanto Serra agiria mais rápido para conter os gastos públicos, o que permitiria redução das taxas de juros e limitaria a valorização do real. As publicações avaliam que Dilma não possui a mesma habilidade política de Lula.

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O FT questiona ainda o papel que o atual presidente teria no futuro e vê possibilidade de situação semelhante à da Rússia, onde o primeiro-ministro Vladimir Putin ocupa uma "presidência paralela".

"Apesar de nenhum partido ter monopólio quando se trata de corrupção, há muitos sinais de que o PT se tornou muito cômodo com o poder", afirma a The Economist. As avaliações pró-Serra passaram a ser feitas no segundo turno da corrida presidencial, já que anteriormente as publicações davam como certa a vitória de Dilma no primeiro turno.