O tucano Beto Richa foi eleito governador do Paraná neste domingo (3), primeiro turno das eleições. Com 95% das seções apuradas às 19h11, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que ele não pode mais ser ultrapassado pelo adversário Osmar Dias (PDT). Até este horário, Beto Richa havia obtido 52% dos votos, contra 45% de Osmar Dias.
Richa venceu as eleições numa disputa acirrada com o pedetista, que, antes do início da campanha, chegou a ser assediado pelos tucanos para se candidatar ao Senado. No prazo final das convenções, ele decidiu aceitar o convite para se candidatar ao governo estadual na coligação do PT e do PMDB após ter garantias de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a campanha no estado. Lula, de fato, esteve no estado e subiu no palanque de Osmar Dias.
O tucano nasceu em 29/07/1965 em Londrina (PR). Engenheiro civil, é casado e tem três filhos. Entrou na vida pública em 1994, como deputado estadual, sendo reeleito em 1998. Em 2000, foi eleito vice-prefeito de Curitiba e exerceu as funções de secretário de Obras no primeiro ano de mandato. Foi eleito prefeito de Curitiba em 2004 e se reelegeu em 2008.
Na sexta-feira (1), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) proibiu, a pedido de Richa, a divulgação de resultados de futuras pesquisas eleitorais dos institutos Vox Populi, Datafolha e Ibope sobre as intenções de votos na corrida pelo governo do estado.
O candidato tucano já havia conseguido impugnar outras sete pesquisas. Um dos institutos prejudicados pela decisão favorável a Richa, o Ibope recorreu ao TRE, mas foi novamente impedido de divulgar o levantamento.
Richa apontou falhas na metodologia aplicada pelos institutos na elaboração das pesquisas e obteve três decisões unânimes da Justiça Eleitoral paranaense, que determinou o veto à divulgação dos levantamentos.
O Datafolha afirma que o argumento utilizado por Richa é infundado e promete recorrer da decisão do TRE paranaense. O Ibope informou que o departamento jurídico do instituto está decidindo como proceder após a decisão. Consultado, o Vox Populi respondeu que não irá recorrer da decisão judicial.
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