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Representantes das campanhas de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) à Presidência da República participaram nesta segunda-feira (26) de debate sobre saneamento básico promovido pelo Instituto Trata Brasil. Todos concordaram com a necessidade de aumentar os investimentos em saneamento, mas divergiram sobre como aplicar os recursos.saiba mais

João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina Silva à Presidência, criticou a maneira como o governo federal trata a questão do saneamento. "A visão do governo empreendedor ao extremo é equivocada. Isso é errado. Todos acham que a solução virá do governo federal. O governo federal tem que ter um papel indutor", afirmou.

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), que representou a candidatura de Dilma Rousseff, rebateu Capobianco, ao dizer que o governo federal tem que fazer obras que municípios e estados não têm capacidade de executar. Ele criticou ainda a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e afirmou que no governo Lula os investimentos em saneamento foram bem superiores.

"Nos últimos anos, houve melhora importante. O estado brasileiro estava totalmente despreparado para enfrentar essa questão. Criou-se o Ministério das Cidades e uma secretaria para cuidar disso e articular ações com estados e municípios. Foi aprovado um marco regulatório para o setor", afirmou Cardozo. Ele também criticou o governo de São Paulo ao afirmar que a Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, com exceção de 2008, investiu valor inferior ao orçado.

O representante da campanha de José Serra à Presidência da República, Xico Graziano, contestou Cardozo e afirmou que José Serra é o único candidato que tem compromisso com o saneamento básico. "Não ouvi declarações de Dilma e Marina a respeito. Para José Serra, é um assunto importante. Quero assegurar o compromisso de Serra com o saneamento".

Graziano propôs que se dobrem os recursos para saneamento e defendeu uma melhora na gestão do sistema. Segundo ele, o PT copiou as propostas de Serra para o setor. "Já falamos que vamos desonerar os investimentos em saneamento e eles (PT) copiaram".

Durante o debate, Capobianco disse que o saneamento é um problema de cidadania a lembrou que menos da metade da população tem acesso à rede de esgoto. "O país que não atende um princípio básico de cidadania, que é o saneamento básico, não cumpre seu papel".

Críticas

Durante o debate, Xico Graziano afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou "bobagem" ao criticar o governo de São Paulo pela demora na liberação de licenças ambientais.

"Lula veio aqui [em São Paulo] e falou uma bobagem qualquer do sistema ambiental. Depois o [senador Aloizio] Mercadante falou também. Que aqui em São Paulo demora muito para dar licença ambiental. Nós estamos colocando em ordem", afirmou Graziano, ao participar de debate promovido pelo Instituto Trata Brasil sobre saneamento básico. Ele debateu com os coordenadores da campanha de Dilma Rousseff (PT), o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP); e da campanha de Marina Silva (PV), João Paulo Capobianco.

"Fui pressionado pelas prefeituras de São Bernardo do Campo e Diadema, que querem fazer o que se fez sempre antes, toca o pau sem licença ambiental. Nada disso, aqui tem lei, tem regra. A visão ambiental do processo é importante", reforçou Graziano durante o debate.

No dia 16 de julho, o presidente Lula participou da inauguração de um conjunto habitacional na Favela Naval, em Diadema (SP). No evento, ele criticou o governo de São Paulo pela demora em conceder licenças ambientais.

"Eu falei para o Mario Reali (PT, prefeito de Diadema), que ele deveria ter feito crítica à pessoa do estado que tem de dar licença ambiental para fazer as coisas aqui. Não é apenas em Diadema que licenças não saem, mas em vários locais deste estado", afirmou. "Me parece que tem uma pessoa, que não sei quem é, que cria dificuldade com a licença ambiental para a gente fazer as coisas", completou Lula.

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