A candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que seu adversário quer pautar sua candidatura e que ela não vai entrar neste jogo.

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"Não vão conseguir fazer com que eu responda. Não entrarei neste jogo em hipótese alguma. Há certas coisas que são matéria jabuti", reagiu, referindo-se à expressão de que alguém coloca um jabuti em cima de uma árvore, para dar destaque.

Ela voltou a afirmar que o candidato José Serra (PSDB) está tentando reeditar a campanha do medo utilizada pela oposição nas eleições presidenciais de 2002.

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"Em todas as oportunidades, meu adversário tem usado um método ineficaz que utiliza falsas afirmações, o medo e a criação de um clima que lembra a estratégia de 2002", disse Dilma, que está na liderança das pesquisas de intenção de voto.

O programa eleitoral de Serra, exibido na véspera, lembrou o escândalo do mensalão, suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio no Congresso.

Mencionou ainda os ex-ministros do governo Lula Antônio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), informando que os dois, envolvidos em escândalos, vão retornar ao governo se Dilma vencer as eleições de outubro.

"Acho que meu adversário está fazendo o que não é correto. Faz crítica e esconde que eles estão fazendo. Era melhor ele assumir isso", afirmou.

A candidata disse ainda que o oponente tenta desqualificar a campanha dela com críticas ao governo Lula, mas mostra a imagem do presidente no programa de TV.

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Dilma voltou a descartar que fará um ajuste fiscal caso vença as eleições. O assunto foi tratado no final de semana pela imprensa.

"Estão tentando pautar a minha campanha. Como falar em ajuste (fiscal) em um país que cresce 5 por cento, tem geração de emprego e 255 bilhões em reservas (cambiais)?", questionou.

Em Cuiabá, Dilma participa de ato político ao lado de lideranças locais. Antes, na cidade de Rondonópolis, teve encontro com o ex-governador Blairo Maggi, candidato ao Senado pelo PR. No local, ela interrompeu uma carreata em função do sol forte.

Na chegada a Cuiabá, houve discussão entre a assessoria dos candidatos ao governo matogrossense que apoiam a petista, Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Mendes (PSB), em torno do local da entrevista da candidata, que se realizou em um ginásio.

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