A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou nesta segunda-feira (23) que haja estudos dentro de sua equipe sobre um possível ajuste fiscal no seu governo caso seja eleita em outubro.
"Eu não autorizo nenhuma avaliação a esse respeito. Eu vi as notícias, lamento, mas vou desmenti-las", afirmou a jornalistas ao ser questionada sobre o tema.
"Não tem discussão neste sentido dentro da campanha, até porque seria, da nossa parte, um absurdo. Como discutir qualquer questão sem que nós estejamos eleitos?", questionou.
"Ademais, o Brasil de hoje não é igual ao de 2002", referindo-se à conjuntura política e econômica que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a elevar as metas fiscais quando assumiu o governo em 2003.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira relata, sem citar as fontes, que um eventual governo Dilma poderia adotar, entre outras medidas, uma meta de inflação menor do que a atual, de 4,5 por cento ao ano, e menos reajustes ao funcionalismo público.
Na sexta-feira (20), em entrevista à Reuters, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que Dilma poderia cortar gastos do governo para cumprir as metas fiscais
"Disciplina fiscal não é só uma propaganda eleitoral. É um princípio que será mantido", disse Dutra. Diante da pergunta se Dilma poderia fazer cortes no Orçamento, Dutra foi direto: "se for necessário, sim".
- Até sexta-feira, Dilma subirá em palanques de PT, PMDB e PSB
- Dilma critica proposta de Serra de criar ministério para segurança pública
- Programa de Serra na tevê foca educação e alfineta Dilma
- Dilma diz que Serra tem "visão elitista" e que povo não é ingênuo
- Para Datafolha, Dilma venceria eleição no 1.º turno
- Serra descarta mudar campanha após pesquisa