Frases
"Ninguém tem o direito de dizer qual é a minha crença. Ninguém tem direito de fazer isso. Quem pode julgar sobre crença religiosa é Deus."
Durante visita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida (SP), em que esteve pela primeira vez na vida no último dia 11. A petista tentou mostrar-se religiosa durante o segundo turno depois que o tema foi uma das principais discussões da campanha.
Durona, inflexível, exigente e até agressiva. Por outro lado, competente, ótima gestora e técnica, o que significa dizer que conhece muito com o que trabalha. Essas foram algumas características da candidata Dilma Rousseff (PT) quando ocupou dois cargos de ministra nos sete anos do governo Lula: Minas e Energia e Casa Civil. Na disputa do segundo turno, os atributos voltaram a ser usados para definir a candidata depois de ela evitar confrontos e polêmicas no primeiro turno. Ao ver frustada a eleição direta no dia 3 de outubro, a petista arregaçou as mangas e partiu para o confronto com o adversário José Serra (PSDB), e se expôs mais.
Esta avaliação é feita por cientistas políticos e pessoas ligadas à campanha. "Se antes ela estava atrelada ao Lula, mostrando-se apenas como a corresponsável pelo sucesso do governo, como a candidata da continuidade, no segundo turno ela aparece mais fiel ao que é de fato", analisou Alessandra Aidê, cientista política e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em meados de outubro.
Parte dessa mudança de postura da candidata deve-se ao próprio ritmo e temas da campanha. Na segunda fase, acirraram-se as discussões de caráter religioso, como a questão do aborto, e surgiram as agressões físicas, com bolas de papel, fita crepe e balões dágua. Na avaliação do deputado federal André Vargas (PT), um dos coordenadores da campanha de Dilma, a exposição foi favorável. "Falam que o povo não gosta do embate. Gosta sim. Mostra fibra e como cada um reage. O dia a dia de um governo também é duro. Os eleitores viram de fato como ela é: afirmativa e gestora. A personalidade e a imagem dela foram muito fortalecidas no segundo turno", diz.
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14 carreatas ou caminhadas fizeram parte da campanha de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, desde o dia 4 de outubro até a última sexta-feira. O balanço de atividades da campanha mostra ainda que a petista fez oito comícios, 23 entrevistas coletivas, participou de quatro debates e visitou 22 cidades em 11 estados.
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