Pessuti deve suspender viagem
O governador Orlando Pessuti (PMDB) deverá suspender a viagem oficial que faria à Europa neste mês para se dedicar à campanha de segundo turno da presidenciável Dilma Rousseff (PT) no Paraná.
Dilma evita temas polêmicos no 1.º compromisso oficial
Na primeira agenda de campanha após o primeiro turno das eleições, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) evitou falar sobre temas polêmicos como o aborto e a suposta resistência de evangélicos à sua candidatura. Em entrevista em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ontem, ela preferiu comentar os investimentos na região metropolitana do Rio.
Brasília - Lideranças do PMDB se reuniram ontem à tarde para dar uma demonstração de força e deixar claro que o partido é fundamental para vitória da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff . Os peemedebistas exigem maior visibilidade na campanha e no horário eleitoral gratuito e avaliam que o candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), foi excluído da campanha. Para eles, esse foi um dos motivos que fizeram a candidatura do PT não vencer as eleições no primeiro turno. Candidatos a deputado também alegam que foram abandonados nos estados. A discussão poderá levar a um novo arranjo para as disputas da presidência da Câmara e do Senado, o que faria o PT abrir mão de tentar os cargos.
"Eu senti as queixas do PMDB. Ontem [na terça-feira], conversei com a Dilma sobre isso", disse Michel Temer. "Eu me mantive discreto no momento em que não se exigia muito a minha presença, não sei se por erro da coordenação. Mas eu disse para Dilma que quem está interessado em ganhar a eleição agora somos eu e o PMDB. E queremos uma participação mais efetiva no segundo turno". O candidato a vice deverá aparecer mais ao lado de Dilma.
"Não aceitamos essa história de uma eleição para um partido só ganhar. O PT é um grande partido, mas ou ganhamos juntos ou não ganha ninguém", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Para o público interno, o discurso foi de mobilização para impedir que as mágoas resultantes da disputa com o PT nos estados virem dissidências.
Crise na Bahia
Um dos mais magoados é o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, derrotado na disputa pelo governo da Bahia pelo petista Jaques Wagner. Lima se reuniu ontem com Dilma, que se manteve distante da campanha ao governo da Bahia. Amanhã Geddel se reunirá com prefeitos e lideranças do PMDB baiano para anunciar apoio a Dilma. "Esconderam o Temer no primeiro turno", reclamou Geddel. "Agora vamos todos para a rua, dar nossa contribuição e vencer as eleições."
Outro peemedebista descontente é o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, derrotado na disputa pelo governo de Minas Gerais. Ele alega que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) fez uma campanha à parte para o Senado. Costa se reuniu ontem com Lula, mas dificilmente terá participação em um futuro governo de Dilma.
Recuo
Segundo o senador reeleito Gilvam Borges (PMDB-AP), as presidências da Câmara e do Senado na próxima legislatura também estão sendo levadas em conta nas negociações. "As presidências da Câmara e do Senado deverão ficar amarradas antes do segundo turno. As negociações já estão se processando. A Dilma vai depender do PMDB agora", alertou. O [Cândido] Vaccarezza [líder do governo na Câmara] vai ter que dar um freiadinha em sua campanha para presidir a Câmara". O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ressaltou o partido não é mais coadjuvante do PT. "Hoje estamos compartilhando do projeto de poder com Dilma e Temer. O PMDB quer, sim, ocupar todos os espaços de poder que lhe cabe e merece."
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