Dilma é entrevistada pelo Jornal Nacional
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, foi entrevistada ao vivo nesta segunda-feira (18) no Jornal Nacional pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes.
O candidato José Serra (PSDB) será entrevistado na terça-feira (19). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio.
- CNBB no Rio recomenda voto em quem "defende a vida"
- Serra nega participação do PSDB em folhetos religiosos contra Dilma
- Dilma diz ser "lamentável" suposta ligação do PSDB com panfletos
- Não tem como pedir direito de resposta à Igreja, diz Gleisi Hoffmann
- FHC diz que discussão sobre aborto "não pode ser eleitoral"
- Proprietária de gráfica que imprimiu folheto anti-Dilma é filiada ao PSDB, diz PT
- Advogados e religiosos preparam manifesto pró-Dilma
- Fabio Feldmann e Gabeira, do PV, declaram apoio a Serra
A candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, reconheceu na noite desta segunda-feira (18) que erros acontecem em todos os governos, mas afirmou que o essencial é a atitude que se toma em relação a eles. A declaração da candidata, dada em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, referia-se ao episódio do afastamento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, investigada por denúncias de tráfico de influência. A petista alegou que não dá para saber se uma pessoa irá errar. "Erros e pessoas que erram acontecem em todos os governos", disse. "Ninguém controla o governo inteiro." Erenice foi o braço direito de Dilma enquanto esteve à frente da pasta.
"As pessoas podem errar em vários momentos, não dá saber se a pessoa vai errar a priori, mas tem de haver punição", disse a petista, que reafirmou ser contra o nepotismo. A candidata do PT lembrou que a Casa Civil formou uma comissão de sindicância para a apurar o caso e criticou o governo do PSDB em São Paulo que, segundo ela, não puniu Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Dersa investigado pela Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. "Há uma diferença entre nós e o meu adversário", afirmou. "Há uma diferença entre quem pune e quem acoberta e não pune."
A petista reafirmou ser contrária à mudança da atual legislação sobre o aborto, mas ressaltou que não se pode ignorar os cerca de 3,5 milhões de mulheres que recorrem a essa prática. "O presidente não pode fingir que não existem milhões de mulheres que recorrem ao aborto", afirmou. "Nós estamos falando para prevenir, para que não haja o aborto", defendeu. A candidata do PT se posicionou ainda contrária à realização de um plebiscito sobre a questão. "Seria ruim porque dividiria o País e não levaria a um forma de acordo, de consenso", afirmou.
Perguntada, Dilma confirmou que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) a procurou para contribuir com sua campanha. A petista reafirmou que tem com o parlamentar uma relação "muito longa" e minimizou o fato de ele ter criticado a aliança do PT com o PMDB quando a candidatura dele ao Palácio do Planalto foi preterida pelo PSB. "Eu sempre disse que respeitava e entendia que naquele momento ele estava magoado pela circunstância", afirmou.
Polícia isola prédio do STF após explosão de artefatos na Praça dos Três Poderes
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast