Brasília - Joaquim Roriz (PSC), ex-governador do Distrito Federal e agora ex-candidato ao cargo, deixou a disputa eleitoral deste ano mas encontrou uma sucessora em família. Indicou a esposa, Weslian Roriz, também filiada ao PSC, para substituí-lo como candidata ao governo do DF. A foto na urna eletrônica, entretanto, continuará sendo a de Joaquim Roriz, já que o prazo para troca de candidatos já expirou.
A decisão de Roriz foi tomada horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar pela segunda vez, na madrugada de ontem, o julgamento do recurso dele contra a validade da Lei da Ficha Limpa.
A estratégia da campanha de Roriz é tentar reverter o estrago causado pela Ficha Limpa, que fez o candidato despencar nas pesquisas e ser ultrapassado pelo petista Agnelo Queiroz. Além disso, a chapa do PSC afasta o risco de ter a candidatura barrada, caso o Supremo decidisse que Roriz é ficha suja.
Em carta dirigida à população do Distrito Federal, Roriz disse que decidiu renunciar à disputa pelo governo mesmo tendo a ficha limpa e sofrendo acusações baseadas em "sofismas". Ao se declarar injustiçado por aqueles que o "acusam sem provas", Roriz pede na carta votos para a mulher.
Troca legal
Embora incomum, a troca de candidatos a pouco tempo da eleição é permitida pela legislação eleitoral. "Essa é uma prerrogativa do candidato. Ele pode querer concorrer ou não. E, se desistir, o partido indica outra pessoa", diz o advogado especialista em Direito Eleitoral, Luciano Pereira dos Santos. "Tem apenas de cumprir os requisitos para isso, como estar filiada a um partido político. (...) Até um dia antes da eleição isso pode acontecer. O candidato pode morrer ou ter qualquer impedimento. Aí, o partido indica outra pessoa."
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