Brasília - Erenice Guerra, 51 anos, sempre teve Dilma Rousseff como "madrinha" no governo Lula. As duas começaram a trabalhar juntas em 2002, durante a transição da administração de FHC para a de Lula. A parceria prosseguiu no ano seguinte, quando Dilma assumiu o Ministério de Minas e Energia.
Em 2005, quando o escândalo do mensalão derrubou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Erenice esteve entre as seis pessoas que migraram com Dilma para o ministério.
Em 2008, Erenice ganhou notoriedade ao ser apontada como organizadora do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a esposa dele, Ruth, e ministros da gestão do PSDB. Uma CPI investigou o caso, mas Erenice, sempre prestigiada por Dilma, não foi acusada formalmente pela divulgação dos gastos corporativos de FHC.
Ao deixar a Casa Civil, em março deste ano, Dilma intercedeu para que Erenice ficasse em seu lugar. Também foram cotados para a vaga o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e Miriam Belchior, coordenadora-geral do PAC.
A estreita relação entre as duas e as manifestações de apoio incondicional de Dilma a Erenice só começaram a ruir a partir das denúncias de tráfico de influência publicadas pela revista Veja, no sábado passado.
No domingo, durante um debate na RedeTV!, Dilma não respondeu a uma pergunta se colocaria a "mão no fogo" por Erenice. No início da semana, a candidata chegou a dizer ter confiança em Erenice.
Mas o estranhamento entre as duas aumentou na terça-feira, quando a ainda ministra enviou uma nota à imprensa na qual desferia ataques ao candidato José Serra (PSDB), sem ter consultado antes o comando de campanha de Dilma.
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