O deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB), se irritou com a imprensa na tarde desta terça-feira (19)quando foi questionado, durante uma entrevista coletiva, por que o presidenciável tucano não aparece na propaganda política do candidato do partido ao governo de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB). "Essa é uma questão de estratégia, que deve ter sido definida pelos marqueteiros. Eu não discuto estratégia" afirmou.
Indio explicou que não tem acompanhado o horário eleitoral de Alagoas e, por isso, não pode avaliar o motivo de o candidato tucano ainda não ter aparecido no programa do PSDB local. Ele recebeu a imprensa na sede do DEM, no bairro de Ponta Verde, em Maceió.
O democrata também não soube dizer quando Serra irá aparecer no programa de Vilela no segundo turno, já que no primeiro não apareceu uma única vez. "Só sei que eu gravei para o programa do Teotonio um depoimento em apoio à candidatura dele, que deve ser mostrado por esses dias", disse. Para ele, o importante é que a estratégia montada pelo partido funcionou tanto com Serra como com Vilela, já que ambos disputam o segundo turno.
Logo no início da entrevista, Indio fez uma avaliação positiva da campanha tucana e disse se a eleição do segundo turno fosse hoje ele não teria dúvida nenhuma da vitória de Serra. Segundo o deputado, a denúncia de envolvimento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra com irregularidades no governo federal foi decisiva para levar a disputa ao segundo turno.
Salário mínimo
Indio da Costa, que foi o relator do projeto da Lei da Ficha Limpa, negou que a proposta de Serra de aumentar o salário mínimo para R$ 600 a partir de 2011 seja "inviável", como teria comentado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. "Pode ser inviável para ele, ou para o governo incompetente, porque para nós é viável, tanto é que anunciamos durante a campanha e teremos condições de pagar", disse.
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