O ex-governador de Minas Gerais e senador eleito pelo PSDB no estado, Aécio Neves, lamentou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio de agressão ao candidato tucano à Presidência, José Serra, na quarta-feira (20), no Rio de Janeiro. "O presidente se despe da condição de chefe de Estado para virar líder de facção política", acusou Aécio, ao chegar a Teresina (PI) acompanhado pelo secretário nacional do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro, para reforçar a campanha de Serra e do candidato tucano a governador do Piauí, Sílvio Mendes.
"As agressões contra Serra são lamentáveis. A democracia pela qual tanto lutamos é um patrimônio maior que uma eleição ou um grupo político. O presidente da República, ao reagir de forma ofensiva a um candidato que foi efetivamente agredido, ao adentrar em discussões ou análise de relatórios da Polícia Federal (PF) de forma absolutamente equivocada, violenta as instituições de estado, como vem fazendo em favor de sua candidata (Dilma Rousseff)." O deputado Rodrigo de Castro afirmou que o PSDB estuda reagir aos ataques petistas. No entanto, disse que a postura dos tucanos não é de ataque nem de agressão.
Aécio Neves defendeu a candidatura de Serra, afirmando que o tucano é mais eficiente pelo preparo e experiência. "Vamos lutar até o ultimo momento, e estamos assistindo a recuperação de Serra em algumas regiões. Vamos lutar com nossas armas, sem ofender, sem agredir e sem deixar de ter respeito por nossos adversários. Serra tem melhores condições de dar continuidade ao que há de bom até aqui e avançar muito mais."
O senador recém-eleito disse que o Brasil avançou com o PT, mas lembrou que este avanço começou muito antes do governo Lula. "O Brasil avança, reconheço isso, mas começou muito antes do governo Lula. O PT votou contra o plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Reconheço o avanço do governo do PT, mas precisa agir e reconhecer que cada governo que passou colocou um tijolo no desenvolvimento brasileiro."
Aécio disse que o País precisa de gestão de qualidade para poder enfrentar os desafios no campo social e defendeu o voto em Sílvio Mendes. "É um dos mais modernos administradores da sua geração e terá o apoio para acrescentar experiências de outras gestões tucanas de outros Estados."
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