A presidenciável do PV, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (2) que a eleição está se transformando em um "vale-tudo", com troca intensa de acusações entre PT e PSDB devido à descoberta da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato tucano, José Serra.

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"Eu vejo que estamos resvalando para um vale-tudo, o que não é bom", disse Marina em entrevista ao Jornal do SBT.

A candidata referiu-se à quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, cuja autoria foi creditada por Serra e seus aliados ao PT e à candidata Dilma Rousseff, líder nas últimas pesquisas eleitorais, que apontam uma possível vitória no primeiro turno.

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Nesta noite, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido de cassação do registro da candidatura Dilma, apresentado pela coligação que apoia Serra devido às denúncias relacionadas ao vazamento de sigilos.

Perguntada se o PV teria estrutura para ocupar a Presidência da República, a candidata verde foi enfática: "Nenhum partido tem essa estrutura."

"O PT ganhou e é um partido com mais de 1 milhão de filiados e quadros. No entanto, acabou ficando refém do PMDB", disse.

"E o PSDB ficou durante oito também com o PMDB e os democratas", afirmou, voltando a declarar que, se eleita, convidaria "os melhores" do PT e do PSDB para se unirem ao seu governo.

Marina ocupa um distante terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e tem feito um apelo aos eleitores para levar a disputa para o "segundo tempo" com duas mulheres.

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