O Ministério da Saúde divulgou nota em que contesta reportagem da última edição da Revista Veja, associando a compra do medicamento Tamiflu, usado no tratamento da gripe H1N1, a esquema de pagamento de propina na Casa Civil. A revista relata que o suposto esquema beneficiou servidores da pasta em julho de 2009. Na época, a presidenciável Dilma Rousseff comandava a pasta e Erenice Guerra, que a sucedeu no órgão, era secretária-executiva.
Segundo a Veja, o governo fechou em junho de 2009 uma compra emergencial do Tamiflu, com aval da Casa Civil. Teriam sido comprados mais medicamentos que o necessário, no valor de R$ 34 7 milhões, em troca de uma comissão. A matéria afirma que o advogado Vinícius de Oliveira Castro - ex-assessor da Casa Civil que deixou o cargo na semana passada após as primeiras denúncias contra Erenice - teria recebido R$ 200 mil para não revelar o esquema.
O Ministério da Saúde afirma que adquiriu "quantidade suficiente do antiviral para tratar 14,5 milhões de pessoas", no valor global de R$ 400 milhões. Explica que o valor foi definido a partir de "critérios exclusivamente técnicos", para tratar de 10% da população brasileira. "As negociações do Ministério com o laboratório resultaram num preço 76,7% mais baixo" que o de mercado, diz a nota.
O ministério acrescenta que as compras foram realizadas diretamente com o laboratório Roche, único produtor do medicamento, sem intermediários. Frisa que a "Casa Civil não teve interferência no processo" e lembra que a vacina contra a gripe chegaria ao Brasil somente em 2010. Por isso, o Tamiflu "era a única solução indicada contra a doença disponível naquele momento".
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