![Não sou o Serra, que briga para manter o sigilo da filha | Reprodução](https://media.gazetadopovo.com.br/2010/09/214963fde83796044a180499e2d41c63-gpLarge.jpg)
Em entrevista à revista IstoÉ, concedida pouco depois da entrega de sua carta de demissão, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra se disse vítima de uma campanha difamatória "sórdida e implacável" em função do momento político-eleitoral. Mesmo após deixar o cargo, ela garante que mantém a confiança de sua predecessora na pasta e candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e do presidente Lula, que teria sido "muito amoroso" e recomendado que ela se concentrasse em sua defesa.
Na entrevista, a ministra garantiu que nem ela nem seu filho nunca tiveram contato direto com a Master Top Linhas Aéreas (MTA), empresa que obteve renovação de concessão na Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e ganhou uma concorrência milionária nos Correios, supostamente por influência de Israel Guerra na Casa Civil. Mesmo assim, Erenice disse não ter controle sobre a vida e amizades de seu filho.
"Depois que uma pessoa passa a exercer cargo público, seus filhos devem parar de se relacionar, trabalhar e ter amigos?. O que será dos meus filhos e parentes? Terão todos que viver à minha custa, pois não poderão trabalhar e se relacionar?"
Se dizendo tranquila com as investigações em curso, Erenice reiterou que ela e toda a família disponibilizaram a abertura dos sigilos fiscal, bancário e telefônico, aproveitando para alfinetar o candidato do PSDB, José Serra. "Meu filho se chama Israel, e não Verônica. Ninguém está brigando na Justiça para manter o sigilo", disse em referência ao episódio de quebra de sigilo fiscal da filha de Serra na Receita Federal, supostamente por motivações políticas.
Erenice reconhece que não é descabida a hipótese de que seu ex-chefe de gabinete Vinícius Castro tenha oferecido facilidades a um representante da EDRB para intermediar um empréstimo junto ao BNDES. "[Ele] poderia dizer trabalho na Casa Civil, posso conseguir isso e aquilo...", considera.
A ex-ministra reiterou que, na eventualidade de se comprovarem as denúncias, os fatos teriam ocorrido sem o seu conhecimento.
Em relação às investigações em curso pela Controladoria-Geral da União (CGU), Erenice disse acreditar que, no final das investigações, as acusações contra ela não se sustentarão.
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