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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, falou nesta quarta-feira (13) em Teresina, no Piauí, dos temas que devem compor a carta aberta aos brasileiros na qual a candidata irá abordar temas como o aborto, casamento homossexual e liberdade religiosa no país. Dilma afirmou que não enviará ao Congresso nenhum projeto que modifique as legislações vigentes. Segundo ela, esse compromisso ficou acertado com os líderes evangélicos. A candidata participa de um comício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta noite, em Teresina.

"O que nós decidimos é que eu não mandaria nenhuma legislação que afetasse a questão relativa a qualquer legislação que altere as religiões, que eu não enviaria ao Congresso. O estado brasileiro é um Estado laico. E essas legislações eu não enviaria ao Congresso. Tanto alteração na lei de aborto, como todas as outras. E ficamos de discutir os termos de uma carta-compromisso. Agora, o grande compromisso que eu assumo, posto que é um Estado laico e que não vai interferir principalmente nas questões religiosas, não cabe a gente fazer isso porque o estado não pode ser o estado de uma religião", disse a candidata.

Segundo Dilma, o tema união civil entre homossexuais também deve ser tratado na carta-compromisso.

"A união civil entre homossexuais não é uma questão relativa a uma religião. O que é uma questão relativa à religião é a questão do casamento entre homossexuais, que aí fica afeito às religiões. A questão da união civil é uma questão de direitos civis e cidadãos", afirmou.

Por um dos repórteres, a candidata foi questionada se era homossexual. Ela se negou a responder à pergunta.

"Ah, meu querido, eu não vou nem responder a isso. Não vou responder. Eu tenho uma filha e sou avó. Pelo amor de Deus, não vou discutir nesse nível. Me desculpa. Esse tipo de discussão eu não vou ter aqui", afirmou.

Dilma concedeu entrevista após visitar o Centro Integrado de Reabilitação Danielly Dias, que atende pessoas com deficiência. A candidata prometeu que, se eleita, vai investir em projetos para os portadores de deficiência.

"Meu compromisso é o compromisso de dar ao deficiente do nosso país todas as condições para que ele tenha uma vida não-discriminada, para que ele e sua família sejam apoiados e que se tenha condições de garantir educação, saúde, reabilitação de qualidade a todos eles".

Dilma ainda falou sobre a possibilidade de o PV ficar neutro no segundo turno da eleição. Ela afirmou que a decisão do PV precisa ser respeitada. O PV deve se manifestar sobre o caminho que vai tomar no segundo turno no próximo domingo (17).

"Eu não sei a posição do partido. Se a tendência é de neutralidade, tem de ser respeitada. Nós não podemos interferir em tudo o que as pessoas falam. O PV é um partido, certo? A gente tem de respeitar a decisão.

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