Gleisi Hoffmann: mais coisas para unir do que para separar.| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

A candidata ao Senado Gleisi Hoffmann (PT) gastou na campanha quase três vezes mais do que arrecadou até agora. Segundo a primeira prestação parcial de contas apresentada pela candidata à Justiça Eleitoral, ela desembolsou R$ 913,4 mil, mas arrecadou R$ 367,5 mil.

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Entre os concorrentes ao Senado, a candidata foi a que mais gastou na campanha até aqui. A maior despesa foi com a prestação de serviços de terceiros: R$ 280,3 mil, no total. A assessoria da campanha de Gleisi foi procurada pela reportagem, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto.

O deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB), candidato à reeleição, é outro que gastou mais do que arrecadou. O ex-ministro da Agricultura arrecadou R$ 24 mil, mas desembolsou R$ 75 mil. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, o déficit se deve à dificuldade burocrática em registrar as doações.

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A informação da assessoria é de que o CNPJ da campanha só saiu no último dia 20. Pela legislação eleitoral, só depois de o comitê financeiro ter um CNPJ é que o candidato está autorizado a receber doações e a realizar as despesas de campanha. No caso de Stephanes, as despesas fotam mais rápidas que as doações.

De acordo com a assessoria do candidato, a gráfica que fez o material impresso – principal despesa de campanha de Stephanes até agora, no total de R$ 51 mil – aceitou receber o pagamento em uma data futura.

O deputado federal Nelson Meurer (PP) também gastou mais do que arrecadou. O deputado, que tenta a reeleição, declarou ter gasto R$ 14,8 mil, mas não recebeu doações. O parlamentar não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.

O advogado eleitoral Everson Tobaruela explica que, neste momento da campanha, a legislação eleitoral não prevê qualquer sanção a quem gasta mais do que arrecada. Mas ele lembra que a legislação determina que o candidato não pode buscar doações após o fim da eleição. Ou seja, para fechar as contas no azul, terá de conquistar doadores para fechar as contas até outubro. "O candidato ainda poderá recuperar as contas e tapar esse buraco. Mas isso pode ser um prenúncio de que o calote vai vir", afirma o advogado.(CO e SM)

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