O PSDB divulgou nota nesta quarta-feira (20) sobre as investigações da Polícia Federal a respeito a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato do partido à presidência da República, José Serra.

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Na nota, o PSDB atribui a menção feita ao nome do ex-governador Aécio Neves (PSDB) nas investigações a uma ação do PT para "ressucitar mais um factóide" e provocar "divisão" na campanha. O PT atribui os vazamentos aos tucanos.

"Na sua enorme arrogância, o PT acha que o Brasil é feito de tolos. A poucos dias das eleições, justamente no momento em que José Serra e Aécio Neves percorrem juntos o Brasil na defesa de um país mais ético e mais justo, o PT tenta ressuscitar mais um factóide que tem como único objetivo tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra", diz trecho da nota, assinada pelo presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE).

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"A criação de grupos de espionagem, ora nomeados de inteligência, não é prática das campanhas do PSDB em Minas, São Paulo ou de qualquer outro estado", afirma o tucano, em outro trecho do texto.

Aécio também divulgou nota em que repudia a vinculação de seu nome às investigações. Ele foi citado pela Polícia Federal durante uma entrevista coletiva nesta quarta. Segundo a polícia, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. disse, em depoimento, que encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha de José Serra, Verônica, do genro dele, Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos entre setembro e outubro de 2009.

Ribeiro Jr., então repórter do jornal "O Estado de Minas", decidiu fazer a investigação, segundo relatou a PF, depois de descobrir que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) estaria supostamente à frente de um grupo de espionagem a serviço de Serra, à época governador de São Paulo, para obter informações comprometedoras sobre Aécio Neves.

No início do ano, já desligado do jornal, Ribeiro Jr. participou de uma reunião com membros da pré-campanha da candidata petista Dilma Rousseff. Em junho, ele negou ao G1 que o convite para a reunião tenha sido para produzir o suposto dossiê e disse que dados foram furtados de seu computador enquanto estava hospedado em um flat de Brasília. A hospedagem foi paga, segundo ele, pelo PT.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo PSDB:

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"Na sua enorme arrogância, o PT acha que o Brasil é feito de tolos. A poucos dias das eleições, justamente no momento em que José Serra e Aécio Neves percorrem juntos o Brasil na defesa de um país mais ético e mais justo, o PT tenta ressuscitar mais um factóide que tem como único objetivo tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra.

Essa nova tentativa do PT demonstra, na verdade, a gravidade dos fatos ocorridos no âmbito da coordenação da campanha da candidata Dilma Rousseff e, agora devidamente comprovados, merecem o repúdio das forças democráticas brasileiras.

A criação de grupos de espionagem, ora nomeados de inteligência, não é prática das campanhas do PSDB em Minas, São Paulo ou de qualquer outro estado. Assim como não ocorreram nos governos do PSDB violações de sigilos bancários, das quais foi vítima o caseiro Francenildo. Também não foram nas administrações do PSDB que nomearam Erenice Guerra e apagaram fitas de segurança do Planalto.

O PT dá mais uma mostra de uso político das instituições do Estado, de como usa o governo para atender os seus objetivos políticos. Há quatro anos, um petista foi preso com uma mala cheia de dinheiro para comprar dossiê contra políticos do PSDB. Apesar de ter sido preso em flagrante com o dinheiro, o petista foi liberado e, até hoje, a Polícia Federal não explicou ao país de onde veio o dinheiro da mala do PT.

Agora, a mesma Polícia Federal que diz que só vai investigar o escândalo de Erenice Guerra depois das eleições, surge com um depoimento com o claro objetivo de tentar criar constrangimentos ao PSDB.

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Embora o depoimento não tenha sequer sido divulgado, o PT se apressa em espalhar versões dos fatos que tentam afastar do partido a certeza que todo brasileiro hoje tem: quem tem a infração e o desrespeito à legalidade no seu DNA é o PT e não o PSDB.

Senador Sérgio GuerraPresidente Nacional do PSDBBrasília, 20 de outubro de 2010"

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