Mesmo em teste, avião contra o tráfico não é visto na fronteira
Em pauta no último debate dos presidenciáveis, o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), aeronave de fabricação israelense usada para combater o contrabando e o narcotráfico na fronteira, ainda é mistério.
Lula vai focar SP, MG e o interior do Paraná
A missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos 13 dias de disputa eleitoral será entrar no corpo a corpo das campanhas em Minas Gerais, São Paulo e no interior do Paraná. O objetivo é evitar o avanço de Serra nos dois maiores colégios eleitorais do país e recuperar espaço nos municípios paranaense. Na próxima sexta-feira, ele cumpre agenda política em Maringá.
Dilma ataca e tucanos tentam atrair prefeitos
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou a acusar ontem o adversário tucano José Serra de ser favorável à privatização de empresas públicas. Segundo ela, é questionável a lógica de que hoje o pobre tem acesso à telefonia por causa da privatização.
No Jornal Nacional, petista cobra rigor com caso Paulo Preto
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reconheceu ontem à noite que erros acontecem em todos os governos, mas afirmou que o essencial é a atitude que se toma em relação a eles.
Derrotados do PV oficializam apoio a Serra
De suéter verde, cor do PV, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, recebeu ontem o apoio do candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, e do terceiro colocado na eleição ao governo de São Paulo, Fábio Feldmann.
Brasília - Estado mais rico e populoso do Brasil, raiz das fundações de PT e PSDB, São Paulo ocupa o centro da disputa pela Presidência da República na reta final do segundo turno. De um lado, o tucano José Serra se esforça para valorizar suas realizações como governador. Do outro, a petista Dilma Rousseff aumenta o tom das críticas aos 16 anos seguidos de gestões do PSDB no estado.
No debate do último domingo na RedeTV!, a petista atacou problemas na área de educação e segurança pública paulistas. Lamentou o critério de aprovação automática utilizado na rede pública de ensino do estado. E disse ter como meta livrar São Paulo da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Serra fez várias comparações entre a administração do PSDB no estado e do PT no governo federal. Afirmou que o modelo de ensino técnico paulista é mais eficiente e abrangente em relação ao adotado pela União o qual, segundo ele, se baseia em "números virtuais" de crescimento de vagas. Também citou dados positivos nos setores de infraestrutura e saúde.
Ao longo da semana passada, o "paulicentrismo" já havia se esparramado pelos programas de ambos no horário eleitoral. Dilma tem insistido na tese de aquilo que o opositor propõe para o país é diferente do que ele fez como governador. Como antídoto, o tucano tem consolidado a tese de que Dilma critica São Paulo porque não gosta dos paulistas.
"Quem escolheu um lugar para viver defende com unhas e dentes esse lugar. Serra achou uma resposta eficiente para jogar o estado contra a Dilma", avalia o especialista em marketing eleitoral e presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli. Os petistas já reconheceram o problema e a candidata reforçou ao longo do debate que não tem nada contra o povo de São Paulo, apenas contra o estilo de governar do PSDB.
No tabuleiro da guerra por votos nos estados, São Paulo e seus 30,3 milhões de eleitores são considerados primordiais para Serra. No primeiro turno, ele venceu por uma margem apertada dos votos válidos 40,66% contra 37,31% de Dilma e 20,77% de Marina Silva (PV). Já o colega de partido Geraldo Alckmin fez 50,63% para eleger-se governador, o que já indica uma margem possível de crescimento.
Segundo Manhanelli, porém, as contas não são tão simples. "A disputa presidencial é diferente da estadual porque envolve Lula e seu apelo junto ao Nordeste. E a cidade mais nordestina do Brasil é São Paulo."
O cientista político Francisco Fonseca, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, considera válido o embate regional entre petistas e tucanos. "O PSDB completará 20 anos seguidos administrando São Paulo, o que é um fato inédito no Brasil e uma experiência que precisa entrar no debate", opina. Para ele, há quatro pontos vulneráveis para os tucanos além de segurança e educação, os preços dos pedágios e a terceirização dos serviços de saúde.
Já o cientista político Paulo Kramer, da Universidade de Brasília, afirma que a escolha está mais ligada a uma tentativa recíproca dos candidatos de desconstrução de imagens. "Existe sim uma tentação natural de os dois partidos brigarem por São Paulo, mas não é isso que está em jogo agora. A estratégia do segundo turno é enlamear ao máximo o adversário e sair o menos sujo possível, o que só se faz buscando contradições de lado a lado."
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