O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, visitou neste domingo (22) um centro cultural para jovens construído durante sua gestão na Prefeitura de São Paulo (2005-2006) e defendeu a expansão dessas unidades no plano federal.

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Inaugurado em março de 2006 na Vila Nova Cachoerinha, bairro de classe média baixa na Zona Norte de São Paulo, a unidade recebeu o nome de Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Possui equipamentos como biblioteca, anfiteatro, estúdio para gravações musicais e ilhas de edição de áudio e vídeo.

Acompanhado pelo candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, e por Aloysio Nunes Ferreira, nome tucano ao Senado, Serra ficou por cerca de uma hora no local. Visitou biblioteca, oficinas de fotografia e cinema e assistiu a uma demonstração de dança de rua.

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"Isso aqui era um mercado em ruínas, em um bairro popular de São Paulo. Nós fizemos aqui um centro cultural da juventude, para que os jovens pudessem se encontrar, reunir, ter educação, lazer, cultura. Isso é muito importante porque tira o jovem da rua e cria um bom ambiente para convivência", disse Serra.

O candidato disse que sua proposta é "multiplicar" centros semelhantes pelo Brasil. "É uma coisa que não custa muito, exceto dedicação, competência e amor pela juventude." A unidade visitada por Serra custou R$ 6 milhões aos cofres municipais.

Recebido aos gritos de "Serra, Serra", puxados por cabos eleitorais, o candidato conversou com eleitores que estavam no local.

Um deles, o estudante de Ciências Sociais Fábio Figueiredo, 25, questionou o fato de a linha mais recente do metrô paulistano ser operada pela iniciativa privada. O rapaz se manifestava com exaltação e Serra deixou a discussão para Aloysio Nunes Ferreira.

Tucano não aborda outros temasEm rápida entrevista à imprensa, de cerca de cinco minutos, Serra não quis tocar em outros temas, como o suposto descontentamento de alguns aliados com os rumos de sua campanha.

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"Não vou comentar isso. É sempre um fala uma coisa, outro fala outra, outro deixa de falar", desconversou.

Questionado se cogitava alterações na estratégia da campanha para reverter o avanço da adversária Dilma Rousseff (PT), Serra respondeu rapidamente, para logo depois assessores encerrarem a entrevista.

"Nós vamos seguir nosso trabalho com muita seriedade, com muito empenho, otimismo e propostas para mostrar à população. E vamos chegar lá", disse.