São Paulo - Em meio à "guerra santa" que vem sendo travada neste segundo turno das eleições presidenciais, em torno de temas como a legalização do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, distribuiu ontem, em evento com professores realizado em São Paulo, um santinho com a foto do presidenciável e a seguinte frase: "Jesus é a verdade e a justiça".
Impressa em um cartão plastificado, a mensagem aparece com a assinatura do candidato no verso e, na frente, ao lado da foto de Serra, o slogan do tucano neste pleito: "Serra é do bem. Vote 45".
A frase usada no santinho distribuído ontem já havia sido dita por Serra em visita à Expo Cristã em 7 de setembro, em São Paulo. O tucano afirmou que os valores cristãos são os seus valores e cutucou a adversária Dilma Rousseff (PT).
"Eu não sou cristão de boca de urna para agradar eleitores, consquistar votos e no dia seguinte esquecer o assunto", afirmou Serra. E completou: "Jesus é a verdade e a justiça, o que faz bem ao povo e faria bem à política. Chega de enganação e de mentira. A verdade e a justiça é o que o povo deseja".
O planfleto com referência a Jesus foi distribuído no Encontro de Educadores com Serra. Após o fim da reunião, todo o material colocado à disposição dos professores na entrada do Espaço das Américas, na zona oeste de São Paulo, já havia sido recolhido. O espaço foi decorado com balões nas cores do PSDB (azul e amarelo).
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O presidenciável tucano recebeu de professores paulistas um manifesto de apoio à sua candidatura, com cerca de 250 assinaturas dos que participaram do evento, em homenagem ao Dia do Professor. Em aproximadamente 20 minutos de discurso, Serra disse que o PSDB construiu em São Paulo um estado com os melhores indicadores educacionais e listou os programas desenvolvidos pela gestão tucana. "Vocês não imaginam o alívio que eu tenho em saber que o [Geraldo] Alckmin [do PSDB] será o governador a partir de 1.º de janeiro", afagou Serra.
O tucano criticou ainda o Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp) de fazer uso político da categoria e defendeu o diálogo com os educadores "e não a manipulação como acontece hoje". Se eleito, o candidato prometeu fazer "uma revolução silenciosa na área da educação." Participaram do evento professores da rede pública municipal e estadual da capital e de cidades do interior de São Paulo.
No decorrer dos discursos, tucanos e apoiadores se revezavam no microfone. "Vamos tirar esses mentirosos da frente [das pesquisas]", pregou o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, em referência à liderança da petista Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto. "Nós não somos da exclusão, de quem quer dividir a sociedade, o Brasil. O Serra é o candidato da união", disse o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
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