O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deixou de lado os constantes ataques à sua adversária petista, Dilma Rousseff, pela quebra de sigilos fiscais de seus aliados e declarou que o assunto passará a ser comentado pelo seu partido.

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"Eu hoje vou me permitir não falar mais sobre esse assunto. Eu tenho falado todos os dias há mais de uma semana", disse Serra a jornalistas após visitar a Expo Cristã, em São Paulo. "Eu vou deixar agora para que o presidente do meu partido possa falar a respeito."

A nova postura de Serra contrasta com os ataques do tucano ao governo federal e à Dilma, na semana passada. Após a confirmação da quebra de sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra, o tucano cobrou explicações da candidata e responsabilizou a campanha da petista pelo vazamento das informações.

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No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou a materialização do sigilo e insinuou que a campanha tucana "mente descaradamente". Desde então, Serra tem limitado seus comentários sobre o assunto que, inclusive, não foi mencionado em seu horário eleitoral na televisão nesta terça-feira, após ter sido o tema central de sua campanha na semana passada.

"A gente volta numa outra hora (a) esse tema que com certeza é importante porque trata-se de um crime contra a Constituição e da utilização do governo para fins de natureza político-partidária e eleitoral", disse o candidato.

A visita ao evento cristão foi a deixa para Serra mencionar a questão religiosa na campanha.

"Eu não sou cristão de boca-de-urna para agradar eleitor, conquistar voto e no dia seguinte esquecer o assunto", alfinetou.

Na saída, acompanhou uma banda cristã e, no microfone, cantou: "Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo se a gente colocar a fé em Deus".

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