Serra acusa Lula de incentivar violência na campanha
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou nesta quinta-feira (21), em Maringá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de incentivar a violência na campanha eleitoral. O tucano disse que nunca viu uma campanha com tanta falsidade e classificou os adversários como "profissionais da mentira".
Na quarta-feira (20), Serra foi atingido por um objeto na cabeça durante caminhada no Rio de Janeiro. Ele passou por avaliação médica e recebeu uma recomendação de repouso.
Sobre o episódio, Serra disse que a campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff, está preparada para intimidar. "Eles agridem com violência, mas estamos preparados para não responder a essas intimidações."
Durante a visita a Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, Serra voltou a falar sobre o incidente e disse que Lula "dá cobertura" a atos de violência. Nesta quinta-feira o presidente disse que a agressão sofrida pelo tucano no Rio de Janeiro foi uma "farsa". "Fico preocupado com a principal autoridade da república, de alguma maneira, dando cobertura a atos de violência", disse Serra.
O candidato contou que, além de atos verbais, já sofreu tentativas de violência física não só no Rio de Janeiro, mas também no Ceará, no último fim de semana. "O PT não sabe disputar uma luta democrática, que pressupõe considerar o adversário como adversário e não como inimigo a ser destruído", afirmou. "O engraçado é que aqueles que pensam que houve simulação na verdade estão me medindo com a régua deles."
Beto critica PT
A agressão que Serra sofreu no Rio também foi alvo de críticas do governador eleito do Paraná, Beto Richa. Em entrevista coletiva no Aeroporto Silvio Name Junior, em Maringá, ele disse: "É lamentável [a agressão que Serra sofreu]. A gente sabe do que o PT é capaz. A militância não mede esforços para se manter no poder. É tudo reprovável. Podíamos estar fazendo uma campanha de alto nível, sem agressões físicas e verbais. Isso é muito ruim e não contribui em nada para a democracia".
Gazeta do Povo com Agência Estado
O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) disse, na tarde desta quinta-feira (21), em Maringá, que o Paraná tem "mais dinamismo" que São Paulo, estado que governou nos últimos quatro anos. Serra falou ainda que "o Paraná é um estado onde me sinto em casa", durante visita à cooperativa agroindustrial Cocamar.
O tucano começou a comparação entre os dois estados dizendo que o Paraná "é um irmão mais novo de São Paulo, mas já na maturidade". O candidato destacou o avanço agrícola e industrial paranaense, que disse ser "um exemplo para o Brasil".
Após a visita à Cocamar, Serra partiu, na companhia do governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), e de outros políticos, para uma carreata pelas ruas centrais de Maringá.
Bom humor e críticas ao aeroporto
José Serra também disse, durante a passagem por Maringá, que o aeroporto da cidade (Silvio Name Junior) não está "à altura" da importância do município. Ele prometeu realizar melhorias no terminal, caso seja eleito. "O que estou dizendo não é um compromisso. É um anúncio", falou.
Serra disse, em discurso para cerca de 300 pessoas, que um aeroporto melhor é importante para ampliar a capacidade de o município realizar negócios internacionais. Ele falou ainda que notou que o aeroporto não está à altura da cidade "logo que chegou".
Ainda no aeroporto, o candidato do PSDB cantou a música "Maringá", de Joubert de Carvalho, que deu nome à cidade. Depois, disse à imprensa: "Estou feliz de voltar a Maringá e rever os amigos e políticos da cidade."
Ponta Grossa
O candidato tucano chegou em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, por volta das 16h40. Ele estava acompanhado do governador eleito Beto Richa (PSDB), do senador Alvaro Dias (PSDB) e do prefeito da cidade, Pedro Wosgrau Filho (PSDB). A comitiva foi recebida por militantes no aeroporto e depois seguiu em carreata para o centro da cidade.
Serra participou de uma caminhada pelo calçadão da Rua Coronel Cláudio que causou muita confusão no centro de Ponta Grossa, já que atraiu centenas de pessoas. Os seguranças do candidato precisaram fazer um cordão de isolamento para que Serra caminhasse. O candidato tentou entrar em uma loja de artigos populares, mas o tumulto aumentou. A loja precisou ser fechada e alguns repórteres foram empurrados pelos seguranças.
Antes de chegar ao caminhão de som, Serra falou rapidamente com os jornalistas. O principal assunto foi o incidente que aconteceu no Rio de Janeiro. Depois, Serra, o governador eleito Beto Richa e o senador Alvaro Dias fizeram um discurso. O ato foi acompanhado por Wosgrau Filho, os deputados eleitos Marcelo Rangel e Sandro Alex. Além de prefeitos e vereadores da região. Serra deixou a cidade por volta das 19 horas.
Governo quer taxar ganhos isentos dos mais ricos e limitar alcance da correção do IR
Haddad faz economia “despencar” com pacote duvidoso; assista ao Sem Rodeios
Pacheco anuncia prioridade para corte de gastos do governo no Senado
Moraes foi impedido no caso Clezão: será afastado no julgamento do suposto golpe?