O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu nesta quarta-feira (20) direito de resposta ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, na propaganda eleitoral da adversária do PT, Dilma Rousseff, para contestar acusações de existência de caixa dois na campanha tucana. Não cabe recurso que modifique a decisão.

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A resposta do candidato tucano será veiculada em oito inserções de 30 segundos, que deverão ser exibidas de manhã e à tarde na televisão – sendo duas delas apenas na TV Record – e outras quatro inserções que serão veiculadas em rádio à tarde e à noite.

A coligação de Serra tem 36 horas a partir da publicação da decisão para apresentar o conteúdo da resposta às emissoras, que devem veicular as inserções no mesmo dia.

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A campanha tucana questionou cinco inserções de 30 segundos exibidas em televisão e rádio pela coligação da candidata petista. Segundo os tucanos, foram divulgadas informações inverídicas.

A propaganda petista afirma que o ex-diretor da Dersa, de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, seria "braço direito" do candidato Serra, e diz ainda que existe caixa dois na campanha tucana.

O advogado da campanha de José Serra, Ricardo Penteado, refutou as afirmações da propaganda petista sobre caixa dois e afirmou que o candidato do PSDB negou que conhecia Paulo Preto em um primeiro momento porque não reconheceu o apelido dado ao ex-diretor da Dersa.

Para o advogado da campanha petista , Márcio Luiz Silva, que a propaganda da campanha de Dilma trata apenas de divulgação de matéria jornalística amplamente noticiada pelos meios de comunicação.

Na última segunda-feira (18), o ministro Joelson Dias, relator do caso no TSE, suspendeu as inserções da campanha do PT. Nesta quarta, ele manteve o entendimento e votou pela concessão do direito de resposta a José Serra.

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Segundo Dias, a propaganda é irregular porque acusa a campanha tucana de um ato ilícito. "Na propaganda se mostrou várias manchetes e textos jornalísticos noticiando irregularidades em relação a essa arrecadação. Mas nas reportagens não há efetivamente a expressão caixa dois. Essa atribuição de caixa dois estaria no mínimo sugerindo aos telespectadores a existência de um ilícito praticado pela coligação", disse o ministro.

Esse é o segundo direito de resposta concedido pelo TSE a José Serra no segundo turno das eleições. Nesta terça-feira (19), o candidato tucano ganhou o direito de veicular uma resposta de um minuto no programa de televisão da adversária, devido a acusações sobre a privatização relacionadas à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e de outras empresas públicas em São Paulo.