A assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou na manhã desta terça-feira (7) que Ana Maria Rodrigues Caroto Cano, servidora da Receita Federal citada no inquérito que apura o envolvimento de funcionários do órgão na quebra de sigilos fiscais, é filiada ao PMDB paulista desde setembro de 1981.
Ana Marina trabalha no escritório da Receita Federal em Mauá e é subordinada a Antônia Aparecida dos Santos, cuja senha foi utilizada para acessar dados sigilosos de Eduardo Jorge, vice-presidente executivo do PSDB, e outras pessoas ligadas a Serra.
O G1 tentou contato com o diretório estadual do PMDB, mas não obteve retorno. Jorge Caruso, vice-presidente do partido, não confirmou a informação da filiação e disse que a informação só poderá ser confirmada na quarta-feira (8).
A reportagem também tentou contato com Ana Maria Cano através do seu número de telefone residencial, mas não obteve retorno. Nos depoimentos à Corregedoria, todos os funcionários negaram irregularidades.
Depoimentos e senha
De acordo com a investigação da Corregedoria Geral da Receita, pelo menos quatro funcionários, teriam acesso à senha utilizada para acessar os dados sigilosos. A servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos, subordinada a Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, então gerente da unidade do ABC Paulista, disse que Ana Maria foi uma das servidoras com acesso à senha.
Segundo depoimento de Adeildda, além dela, outros dois servidores da unidade fiscal de Mauá teriam acesso à senha da chefe: a servidora Ana Maria, que trabalhava no protocolo e arquivo da repartição, e o então chefe substituto da unidade Sérgio Antônio Rodrigues Júnior.
Segundo a investigação da Receita, foi a partir do computador de Adeildda que, no dia 8 de outubro de 2009, em um intervalo de 15 minutos, a partir de 12h31, todo os dados das declarações do imposto de renda de Eduardo Jorge, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado foram acessadas.
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