Paulo Salamuni , do PV, vai ocupar a vaga de Roberto Aciolli na Câmara| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo
Luiz Felipe Bergmann, do PSol, ficou satisfeito com 0,32% de votos
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Para o candidato ao governo do estado pelo PV, Paulo Salamuni, terceiro colocado com 1,41% dos votos, a disputa eleitoral de certa forma rendeu-lhe um mandato. Suplente do vereador Roberto Aciolli na Câmara Municipal de Curitiba, Salamuni vai assumir a vaga do colega de partido, que foi eleito deputado estadual. "Dormi candidato a governador e acordei vereador de Curitiba", resume.

Apesar da votação pouco expressiva, Salamuni faz um balanço positivo da campanha. "Para nós foi uma vitória. Montamos uma chapa própria para dar apoio local à candidatura da Marina Silva. Gastamos em torno de R$ 230 mil. Só o programa eleitoral dos meus adversários tinha um custo de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões cada. Não é possível competir dessa forma", analisa. Os quase 16% de votos dados à candidata do PV à presidência da República não tiveram reflexo na campanha estadual. "Imaginei que minha votação ficaria entre 2% e 3%. Mas não deixa de ser uma honra ficar em terceiro competindo apenas com ideias, sem os instrumentos que os outros tinham", reitera Salamuni.

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"Nanicos"

Somados, os votos dados aos partidos nanicos não alcançaram 2% do total, menos que o número de votos em branco e nulos (3,4% e 5,3%, respectivamente). "O que nos prejudicou foi o ‘voto útil’: os lernistas contra os anti-lernistas. Virou uma espécie de Corinthians x Flamengo. A polarização engoliu todo mundo", analisa Luiz Felipe Bergmann, candidato pelo PSol.

Apesar de ter tido apenas 0,32% dos votos, Bergmann ficou satisfeito com o resultado. "Fomos para a campanha para debater o nosso projeto e isso, modéstia a parte, foi bem feito. Imaginava que pudéssemos ficar em terceiro lugar pelas manifestações de simpatia que recebi na rua. Mas o importante é que saímos com uma imagem muito positiva", destaca. Para ele, a eleição de Beto Richa representa um retrocesso político para o Paraná. "Vamos criar um bloco de oposição ao governo, até por instinto de sobrevivência nosso", promete.

Oposição é o que também pretende fazer Avanilson Araujo, do PSTU. "Não temos a ilusão de que o Beto Richa vai trazer qualquer benefício para os trabalhadores. Vamos ter um governo de direita e as forças de esquerda vão ter de se organizar", comenta o candidato, que teve apenas 0,07% dos votos. "Para nós, em termos de voto, está dentro do que tínhamos programando. Cumprimos o papel de apresentar o PSTU para o eleitor, nas principais cidades", declara. Ele reclama, porém, da falta de espaço na televisão e nos debates. "Se tivéssemos mais espaço para apresentação do nosso programa teríamos condição de ganhar mais votos. Venceu mais uma vez a força do capital milionário", argumenta.

Já Robinson de Paula, do PRTB, teve motivos de sobra para comemorar. Afinal, o próprio partido tentou inviabilizar sua candidatura. "Eu me considero um vencedor por ter chegado ao final da eleição. Foi uma votação boa (ele ficou em último, com 0,06% dos votos), apesar de todos os problemas que enfrentei com o partido. Se tivesse tido tempo para fazer campanha e mais apoio, teria feito mais votos", avalia.

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Gilberto Gomes, do PCB, vice na chapa de Amadeu Felipe, também ficou satisfeito com o resultado (0,07% dos votos). "O PCB usa as eleições para buscar militância, por isso o resultado não é tão significativo. Mas é importante estar presente", conclui.