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Anastasia e Aécio: mineiros são referências para o PSDB do Paraná. Mas não para tudo. | Maria Tereza Correia/ EM
Anastasia e Aécio: mineiros são referências para o PSDB do Paraná. Mas não para tudo.| Foto: Maria Tereza Correia/ EM

Decisão

17 governadores já estão eleitos

Dezoito governadores foram eleitos ontem em primeiro turno –nove deles reeleitos. Oito estados e o Distrito Federal terão segundo turno no dia 31 de outubro. Os governadores de Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão e Sergipe foram reeleitos. Já os estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Mato Grosso terão nova gestão. Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e

Roraima vão decidir seus governadores no dia 31.

O PSDB e o PMDB elegeram quatro governadores e colocaram outros cinco no segundo turno. PT e PSB elegeram três cada, seguidos do DEM (2) e do PMN (1). Dilma Rousseff (PT) deve iniciar a campanha para a segunda rodada com 11 governadores aliados. Já José Serra (PSDB) contará com seis governadores eleitos, incluindo alguns dos maiores colégios eleitorais do país, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que representam 38,6% do eleitorado.

Nesses três estados, o tucano terá cabos eleitorais importantes, como Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Beto Richa. Além disso, ainda terá a seu favor os governadores do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Já os apoiadores de Dilma estão no Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Amazonas, Sergipe e Acre.

Das agências

  • Veja a lista de governadores eleitos por estado

O resultado das eleições em Minas Gerais torna o estado decisivo para o próximo pleito presidencial, em 2014, segundo analistas políticos. A vitória de Antonio Anastasia (PSDB) pode mudar para Minas o eixo da oposição ao Planalto, se Dilma vencer no segundo turno. Na avaliação da cientista política Heucimara Telles, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), isso significaria a derrota do projeto do PSDB paulista e daria ênfase a um projeto de oposição moderada, representado por Aécio Neves. Minas tem o segundo colégio eleitoral do país, com 11% do total de votantes.

Depois de sete anos à frente do governo de Minas, Aécio passou o governo para o vice Anastasia e concorreu ao Senado, sendo eleito com 40% dos votos. Minas é mais populoso entre os estados onde o PT abriu mão de candidatura própria ao governo. Por força da aliança nacional com o PDMB, o PT apoiou a candidatura do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, indicando o petista e também ex-ministro Patrus Ananias a vice. Costa chegou a liderar com ampla vantagem as pesquisas de intenção de voto, mas nas últimas semanas foi ultrapassado por Anastasia. A virada foi atribuída à participação de Aécio na campanha.

Para o cientista político Antônio Octávio Cintra, professor aposentado da UFMG e consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Aécio sai dessas eleições como a grande força política da oposição. A vitória de Anastasia deixará o PSDB no comando do estado por 12 anos consecutivos (até 2014). Cintra lembra que não é a primeira vez que Aécio "elege" um candidato pouco conhecido. Em 2008, ainda governador, ajudou a eleger Márcio Lacerda (PSB) prefeito de Belo Horizonte, que na ocasião tinha também o apoio do petista Fernando Pimentel. Agora, o mérito é exclusivo de Aécio. No entanto, ele e Anastasia contaram com a sorte.

Pouco conhecido até assumir o governo, em março, Anastasia saiu ganhando com a briga interna en­­tre PT e PMDB no estado para lançar candidato ao governo. A confirmação da candidatura de Hélio Costa ao governo e de Pimentel ao Senado só saiu em junho, após longo desgaste entre as siglas.

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