O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (20) que, caso seja eleito, vai tocar todas as obras que estejam sendo feitas. Segundo ele, os custos das obras serão revisados. Nesta segunda, Serra esteve em Jaboatão dos Guararapes (PE), onde fez uma caminhada.

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"Vou acabar com a venda de ilusões para o nosso povo", disse Serra ao prometer tocar todas as obras, ao mesmo tempo, se eleito.

O candidato ainda afirmou que sabe "onde está o desperdício". "Sei onde está o desperdício, a roubalheira", acrescentou.

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O presidenciável disse ainda que, se eleito, não haverá escândalos na Casa Civil. "Não vai haver escândalo como esse da Casa Civil desviando dinheiro do povo para o bolso de corruptos", afirmou o tucano. Ele disse ainda que, se eleito, o seu governo terá "um padrão de austeridade e de corte de desperdícios".

Após a caminhada, Serra fez um discurso em um palanque. Ele disse que sua adversária, Dilma Rousseff (PT), demonstrou "menosprezo" ao Nordeste por não ter aceitado o convite para o debate de ontem à noite sobre a região, promovido pelo SBT e pelo TV Jornal. Ele, a candidata do PV, Marina Silva, e do PSOL, Plínio Arruda Sampaio, compareceram.

Serra lembrou que a região tem 40 milhões de habitantes e que gostaria que Dilma estivesse presente para lhe perguntar porque os empreendimentos prometidos para o Nordeste, a exemplo da ferrovia Transnordestina, a refinaria Abreu e Lima, a transposição do Rio São Francisco e o Canal do Sertão ainda não se tornaram realidade.

Venezuela

Jarbas Vasconcelos, que foi elogiado por Serra como "um senador respeitado em todo o Brasil por ter a virtude cada vez mais escassa na vida pública, que é a coragem de dizer o que pensa e a verdade", disse, na sua fala, que Dilma "faz parte de uma quadrilha que se instalou dentro do Palácio do Planalto".

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Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abusa da sua popularidade e o Brasil está ficando "pior que a Venezuela".