O senador Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, fez nesta segunda-feira (22) um ataque duplo às adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). Ele classificou a petista como "candidata que mente" e disse que a pessebista apenas "se desmente" -uma referência aos recuos em seu programa de governo.

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"O tempo é nosso melhor aliado pois está mostrando que, de um lado, temos uma candidata que mente e, do outro, uma candidata que se desmente o tempo inteiro, haja visto que seu programa de governo parece ter sido feito a lápis para que se possa passar uma borracha quando determinado compromisso contraria determinado segmento que ela acha estratégico para sua campanha", afirmou.

Aécio está em terceiro lugar na corrida presidencial, atrás das duas rivais. Em campanha em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, ele buscou demonstrar confiança na virada dizendo que apresenta o melhor projeto para o Brasil.

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Seguindo a estratégia de priorizar seu Estado natal para estancar a perda de votos, Aécio fez um apelo para que "mineiros de todos os cantos do Estado redobrem os esforços" na reta final de campanha. "Estamos muito próximos de ter, depois de 60 anos, um presidente mineiro eleito pelo voto popular", disse o tucano, ignorando que a presidente Dilma também é mineira, de Belo Horizonte. A petista, no entanto, fez carreira política no Rio Grande do Sul.

"Esse é o momento da minha trajetória política que eu mais preciso dos mineiros para que nós possamos fazer o governo dos brasileiros, mas em especial o governo que vai trazer mais investimentos para o nosso Estado", acrescentou.

O ex-governador mineiro disse ainda que, se Minas reagir e disser "nós queremos ter agora um mineiro na Presidência da República para que as coisas voltem a melhorar", "tenho certeza que o Brasil vai ouvir o mesmo brado que ouviu quando Tancredo Neves liderou a partir de Minas o processo de reconstrução democrática no Brasil", disse, referindo-se a seu avô (1910-85), eleito indiretamente presidente da República após o fim da ditadura (1964-85).