Marina e Dilma
Terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, Marina Silva (PSB) declarou na manhã deste domingo (12) que vai não apenas votar, como fazer campanha para o adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB).
Em seu anúncio, a ecologista destacou a necessidade de uma alternância de poder no Brasil, além de elogiar os compromissos do tucano com a democracia, o meio ambiente e as políticas sociais.
Já Dilma Rousseffdisse não acreditar "em transmissão de votos" de Marina para Aécio. A presidente considerou "compreensível" a aproximação de seus adversários em função de uma proximidade que teriam em programas econômicos.
"A partir de agora somos um só corpo, um só projeto em favor do Brasil", disse o presidenciável Aécio Neves (PSDB) neste domingo (12) em Aparecida (a 180 km de São Paulo) ao agradecer a declaração de apoio de Marina Silva a sua candidatura à Presidência. "Sob as bênçãos da nossa padroeira, hoje é um dia glorioso."
"Marina representa o sentimento de uma parcela muito expressiva da sociedade brasileira que quer voltar a acreditar na política como um instrumento de transformação da vida das pessoas", elogiou o tucano, que disse ter sido informado sobre a decisão em conversa por telefone com a ex-candidata do PSB na noite deste sábado (11).
Aécio negou ter feito concessões a Marina e disse que houve "convergência" dos programas de governo dele e da ambientalista. Questionado se Marina gravaria depoimento para o seu programa eleitoral na TV, afirmou que, diante de "uma manifestação dessa grandeza", não lhe cabe "solicitar absolutamente nada".
A decisão de Marina ocorre após o tucano se comprometer a cumprir, mesmo que de forma vaga, quase todas as exigências feitas por Marina em troca de seu apoio.
"Faço esta declaração como cidadã brasileira independente que continuará livre e coerentemente, suas lutas e batalhas no caminho que escolheu. Não estou com isso fazendo nenhum acordo ou aliança para governar. O que me move é minha consciência e assumo a responsabilidade pelas minhas escolhas", declarou Marina após ler uma carta explicando seus motivos e elogiando pontos de avanço no programa do PSDB.
Ataque de nervos
Aécio rebateu a presidente Dilma Rousseff (PT) que neste sábado (11) o acusou de ter chegado a vice-presidente da Caixa Econômica Federal aos 25 anos por causa de indicação política. "Nós estamos vendo uma candidata desesperada, à beira de um ataque de nervos."O tucano e a mulher, Letícia, não chegaram a tempo para a missa solene pelo Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Ele disse ter tido problemas para deixar o Rio de Janeiro de avião por causa do mau tempo.
Ainda assim, Aécio participou da coletiva de imprensa dedicada a falar da celebração, ao lado do governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB) e do senador eleito José Serra (PSDB). Prometeu, se eleito presidente, fazer "parcerias" para melhorar a infraestrutura turística de Aparecida."Não é uma coletiva tucana", brincou dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, que explicou que a candidata petista à reeleição também foi convidada, mas não pôde comparecer por motivos de agenda.
Antes de deixar Aparecida, o candidato tucano rezou na nave central do santuário e tirou "selfies" com religiosos e eleitores.
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