O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo, que se for eleito não fará um governo de choques ou de planos mirabolantes . "Vou atuar com previsibilidade", destacou, dizendo que por essa razão foi o primeiro candidato ao Palácio do Planalto a anunciar o nome do seu eventual ministro da Fazenda, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
Questionado sobre os seus planos para recolocar o país na rota do crescimento, o tucano não entrou em detalhes, mas disse que pretende aumentar a taxa de investimentos com relação ao PIB para algo em torno de 23%, 24% nos próximos quatro anos. "O atual governo demonizou as parcerias e os investimentos. O Brasil fracassou e a atual presidente fracassou na gestão do Estado, por isso não merece mais um mandato pra governar o Brasil."
Apesar de estar em terceiro lugar nas atuais pesquisas de intenção de voto, atrás das adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), Aécio disse que está otimista para virar o processo eleitoral e chegar ao segundo turno. E voltou a dizer que tem uma equipe de economistas altamente qualificada, em torno de 30 a 40 profissionais liderados por Armínio Fraga, e que essa equipe vem discutindo temas importantes, como a questão dos subsídios e a retomada dos investimentos. E voltou a criticar a atual gestão: "Com relação ao superávit primário deste ano, se você tirar as receitas não recorrentes, vai ficar próximo de zero."
Drogas
O candidato do PSDB voltou também a dizer que se for eleito vai revisar os acordos que o Brasil mantém com países produtores de drogas, como a Bolívia. "Não vamos dar financiamento a países que produzem drogas (ilícitas)", reiterou. Na entrevista, o tucano falou sobre o cenário eleitoral em Minas Gerais e disse que espera que seu candidato, o correligionário Pimenta da Veiga possa crescer nas pesquisas e governar o Estado. Atualmente, o líder das pesquisas é o petista Fernando Pimentel, apoiado pela adversária de Aécio, a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff.
Indagado sobre os seus planos para o pré-sal, o candidato do PSDB não disse apenas que vai estudar mais a fundo a questão para ver qual o melhor modelo a ser adotado, se o atual de partilha ou o de concessões, mas garantiu que não pretende alterar os contratos já firmados no setor. E disse que a Petrobras está hoje nas mãos de um grupo político (do PT) e pretende, se eleito, devolvê-la ao povo brasileiro.
Aécio disse ainda que foi o único candidato a apresentar um projeto para a área da segurança pública, com propostas que incluem um controle maior de fronteiras e a redução da maioridade penal, por exemplo. Na entrevista, o tucano teceu críticas à adversária Marina Silva, dizendo que ela não tem condições de fazer o Brasil voltar a crescer.
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