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O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a apreensão de R$ 116 mil em espécie em um avião em Brasília, na noite de terça-feira (7), "não pode ser colocado na conta do PT".

O comentário ocorreu após Falcão ser questionado sobre a detenção de um colaborador da campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais e de um empresário ligado ao PT. "Prenderam 110 e pouco mil reais em um evento ligado a campanha do deputado eleito Bruno Covas. Isso não me leva a fazer qualquer vínculo dessa apreensão de dinheiro com o deputado Bruno Covas. Então se prenderam esse dinheiro, é preciso saber que não é crime transportar dinheiro desde que se explique a origem. Não venham colocar isso na conta do PT", disse.

O empresário é Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. Em 2010, ele esteve no centro do escândalo no qual foi descoberto um bunker para produção de dossiês contra tucanos, montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

O outro detido no aeroporto é Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades -dominado pelo PP, partido aliado de Dilma.

Ele trabalhou na campanha de Fernando Pimentel, eleito governador de Minas pelo PT no domingo (5). A coordenação da campanha apenas confirmou que ele prestou serviços, mas não comentou a detenção. O ministério pode divulgar uma nota sobre o caso.

Mais tarde, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que não condenaria ninguém sem provas.Dilma se irritou com a pergunta sobre o tema, especificamente se poderia afastar Pimentel da coordenação de sua campanha à reeleição. "Tudo o que vocês [jornalistas] queriam, não é? Por que eu afastaria o Pimentel? Você já condenou?"

Indagada se confia no governador eleito de Minas, respondeu: "Eu confio, sim, no Pimentel. Acho que o Pimentel é uma pessoa interessantíssima, [para] que se pergunte se eu quero afastar ele da minha campanha. Por que? Porque ele foi o governador que derrotou o candidato do Aécio Neves?"

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