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Responsáveis pelo plano de governo de Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, afirmaram nesta sexta-feira que o Bolsa Família não será um ponto de chegada em um eventual governo do tucano, mas sim o ponto de partida "para que a família viva de fato a inclusão social". No evento Face to Face com internautas, na página oficial de Aécio no Facebook, para discutir as propostas do tucano para educação e cidadania, a educadora Maria Helena Guimarães e o professor e ex-secretário nacional de Assistência Social Marcelo Garcia frisaram que quem iniciou "todos os programas de transferência de renda no Brasil" foi o PSDB e que os programas que funcionam no atual governo serão mantidos, mas aperfeiçoados.

"Tudo o que o governo atual faz e que é bom para a população, será mantido. Este é o nosso compromisso. Não temos a preocupação, ou a intenção, sequer com a troca dos nomes dos programas. O que de fato queremos e priorizamos é construir a inclusão", afirmaram, criticando, em seguida, o governo do PT por fazer "a gestão diária da pobreza". "O compromisso de Aécio Neves não é fazer a gestão diária da pobreza, mas superá-la", frisaram.

Segundo eles, um eventual governo Aécio oferecerá mais do que a "simples distribuição de renda", com capacitação e criação de oportunidades para que os beneficiados possam se tornar protagonistas de suas trajetórias. Durante a conversa, os representantes do tucano classificaram o Nordeste Forte apresentado por Aécio como o maior projeto de desenvolvimento para a Região Nordeste criado até hoje. "Melhorar a vida não significa simplesmente transferir renda. O povo precisa de infraestrutura, oportunidades, segurança, saúde, educação. Esse projeto engloba tudo isso", disseram.

Os representantes afirmaram que programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Prouni, além do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), serão mantidos, mas aperfeiçoados. E ressaltaram que o primeiro financia apenas as famílias que ganham mais de três salários mínimos, criticando ainda o governo do PT por não ter proposto um plano nacional de urbanização de favelas.

Para o Enem, uma das ideias é instituir uma prova totalmente digital, facilitando sua aplicação e permitindo sua realização em momentos diversos do ano. "Podemos também melhorar bastante a parte de conteúdo, com provas mais objetivas e voltadas para as habilidades realmente ensinadas no Ensino Médio", escreveram Maria Helena e Marcelo. Já as cotas foram consideradas "importantes e inclusivas", mas os representantes defenderam que elas levem em conta o indicador social e não apenas a cor da pele dos beneficiados.

Segundo os representantes, nos 12 anos de PT os recursos investidos em educação cresceram muito, mas a qualidade "não saiu do lugar". Eles afirmaram que Aécio fará uma gestão eficiente dos recursos e uma reforma do Ensino Médio, considerado por eles o nível de ensino mais problemático do país. "O governo do PT anunciou quatro reformas diferentes e nenhuma saiu do papel. Nós vamos discutir uma nova proposta com o estados e municípios, transformar o Ensino Médio e melhorar a qualidade do Ensino Fundamental como fizemos em Minas Gerais", prometeram.

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