Os três principais candidatos à Presidência da República se comprometeram ontem, diante de uma plateia de 200 empresários, a aumentar a competitividade da indústria brasileira. Em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) receberam 42 propostas defendidas pelo empresariado e afirmaram que vão tomar medidas para favorecer o crescimento econômico.
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O evento da CNI é visto como particularmente importante em função do público que incluiu as empresas privadas mais importantes do país e também por tratar do tema dominante na campanha até o momento. A economia tem dominado as discussões entre os candidatos, seja em função dos índices de inflação e desemprego, seja pelo risco de uma estagnação econômica causada pelos seguidos anos de baixo crescimento.
Dilma voltou a colocar a culpa pelo crescimento modesto do país nos últimos anos na crise econômica mundial e disse que o fundamental é evitar o "pessimismo". Segundo a presidente, a oposição tem tentado forçar uma visão pessimista sobre a economia do país, o que seria contraproducente. A petista se comprometeu a fazer uma reforma política e defendeu políticas adotadas pelo governo que, embora sejam criticadas como protecionistas, seriam válidas e estariam ajudando o empresariado nacional.
O discurso de Aécio ficou dividido entre uma crítica ao governo petista que seria culpado de um "nefasto intervencionismo", nas palavras dele e a promessa de "regras claras" caso ele seja eleito. O senador afirmou que hoje não há um ambiente estável para quem produz no país e que em um futuro governo do PSDB a Receita Federal não ficaria criando novas interpretações das regras a cada momento, o que segundo ele cria problemas para os empresários.
Já Eduardo Campos (PSB) usou o discurso de sua vice, Marina Silva, de que é preciso uma "nova política" para que a economia do país evolua. Segundo o candidato do PSB, Dilma e Aécio, embora possam se comprometer com mudanças, estariam atrelados a grupos políticos que impedem a renovação das práticas políticas. O ex-governador também se comprometeu a não aumentar a carga tributária do país.
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