Parentes e amigos do piloto Marcos Martins, 42 anos, estão reunidos desde a noite de sábado (16) na capela Prever em Maringá, Norte do Paraná, onde o corpo dele está sendo velado. O caixão chegou à cidade por volta das 20h30, levado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O sepultamento deve ocorrer às 12h20 no Cemitério Municipal. Martins conduzia a aeronave que caiu em Santos na manhã de quarta-feira (13) matando outras seis pessoas, entre elas, o candidato à presidência Eduardo Campos (PSB).
Abalada, a mulher do piloto, Flavia Martins, disse apenas que o marido não se queixava de cansaço, e que estava feliz em acompanhar o presidenciável. "Ele amava o que fazia." Ao lado dela, o irmão de Marcos, Marcio Martins, que também é piloto, pontuou que a experiência do irmão era vasta. "Ele tinha o avião na ponta dos dedos. A empresa que o contratou também contratou a experiência."
Sobre a causa do acidente, o irmão disse que ainda é cedo até mesmo para levantar hipóteses e se disse surpreso pela falta de registro da gravação da caixa preta do avião. "Não é comum [não haver gravação] e sem ela não tem como apontar nada, portanto, a investigação deve seguir em sigilo e só saberemos a causa dentro de dois, três anos", lamenta.
Piloto queria se aposentar e morar no interior
Marcos Martins nasceu em Cruzeiro do Oeste, Noroeste do Paraná, e cresceu em Maringá, cidade na qual o bisavô Joaquim Fontes Martins ajudou a desbravar. Após se formar piloto no Aeroclube de Londrina (Norte), os pais se mudaram para Iguaraçu, vizinha de Maringá 20 quilômetros. "Ele sempre visitava Maringá. Cresceu aqui e dizia que quando se aposentasse era aqui mesmo que moraria", revelou o irmão Marcio Martins. O piloto deixa mulher e dois filhos.
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