Urnas com problemas
Urnas eletrônicas apresentaram problemas técnicos em todo o Paraná. Uma delas voltou a funcionar normalmente depois de ter a bateria trocada. As demais precisaram ser substituídas. Leia matéria completa.
Dezoito pessoas foram detidas de flagrante por prática de crime eleitoral, neste domingo (26), no Paraná. A Polícia Militar (PM) registrou 90 infrações em 26 municípios do estado até as 19 horas.
Além das 18 detenções, dois adolescentes foram apreendidos por ato infracional. A polícia ainda registrou 53 termos circunstanciados, além de fazer 17 orientações, sem necessidade de detenção, e houve outros quinze fatos não constatados (quando a PM é acionada, vai até o local, mas não existe a situação relatada).
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Conforme a PM, as detenções ocorreram pelos crimes de desobediência à ordens ou instruções da Justiça (nos municípios de Guiracá e Ponta Grossa), de divulgação de propaganda de partidos políticos ou candidatos (em Curitiba, Ponta Grossa e Clevelândia) e de violação do sigilo do voto (em São José dos Pinhais e Tupassi). Apesar de uma liminar que derrubou a Lei Seca no Paraná, em dezoito municípios do estado pessoas foram encaminhadas a delegacias por venda ou consumo de bebida alcoólica.
Um dos casos foi em Cruzeiro do Oeste, por volta das 13h30. No município, equipes do 7º Batalhão da PM receberam informações de que um vereador da cidade estaria comercializando bebidas alcoólicas em um bar, próximo à estação rodoviária. Policiais chegaram a avistar um homem ingerindo bebida em frente ao estabelecimento.
Segundo a PM, foram abordados mais três homens cometendo o mesmo "crime" no bar, que estava aberto. O dono do estabelecimento teria dito que estava limpando o local quando os homens chegaram, e que, então, ofereceu bebidas para eles. Diante da situação, os quatro homens foram presos e encaminhados, juntamente com as bebidas, até a delegacia da cidade. Outros crimes semelhantes ocorreram em Ampere, Arapongas, Campo Mourão,Ibaiti, Irati, Nova Tebas e Tapejara.
Questionada sobre a validade da determinação liminar que liberou a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas no estado, a Polícia Militar informou que é responsável apenas pelo encaminhamento da ocorrência, sobre a qual não pesa o efeito da decisão. "As autoridades policiais é que vão separar cada caso. Nós encaminhamos, e quando o caso chega na delegacia, é o delegado que vai fazer a materialização do fato, classificando de acordo com cada tipo de crime", explicou o coronel Péricles de Mattos.
Outros casos
Em Foz do Iguaçu, na região Oeste, um eleitor foi preso após ter tirado foto com um telefone celular da urna onde votava. O caso ocorreu pouco depois do meio-dia, na seção 198 do Colégio Cesufoz, Jardim Central. Ao perceber a movimentação, um dos mesários acionou a Guarda Municipal. A PM não foi acionada e, portanto, não contabiliza o caso. O eleitor foi encaminhado ao Fórum para ser ouvido pela justiça.
Em Curitiba, uma mulher foi flagrada por policiais militares trafegando em uma moto com adesivos eleitorais e instigando outras pessoas a votarem num determinado candidato em frente ao colégio estadual Santa Rosa, localizado na rua Amilton Portugal Pereira, no bairro Cajuru, em Curitiba. Ela foi abordada pelos policiais e presa, sendo encaminhada para as medidas cabíveis.
Também na capital, um homem de 47 anos foi encaminhado por policiais militares da escola municipal Issa Nacli, no bairro Uberaba, por causar tumulto no local. O rapaz estaria embriagado e tentou acessar o local de votação, mas foi orientado pelos policiais para que retornasse depois de estar sóbrio. O homem se recusou a sair e tentou criar mais tumulto. Diante da situação, o rapaz recebeu voz de prisão e foi encaminhado até o Tribunal Regional Eleitoral, onde o juiz eleitoral entendeu não se tratar de crime eleitoral. Então, homem foi levado ao Ciac-Sul.
Em Maringá, um homem foi pego em flagrante fazendo propaganda eleitoral indevida em frente a um colégio eleitoral. Ele foi preso e encaminhado ao Fórum Eleitoral da cidade para as medidas cabíveis.
Crimes eleitorais em Ponta Grossa
Em Ponta Grossa, na madrugada de sábado para domingo, perto das 4h, um colégio eleitoral foi danificado na rua Danúbio, no bairro Chapada. Uma equipe da Polícia Militar encontrou algumas portas internas e uma porta externa danificadas. A sala onde estavam as urnas eletrônicas não foi violada, devido à segurança no local.
Mais tarde, dois rapazes foram detidos pela PM e assinaram Termo Circunstanciado por consumo de bebida alcoólica, perturbação do sossego e desobediência. O caso ocorreu na tarde deste domingo a 50 metros do Colégio Jorge Dechandt, no Parque do Café, que foi um dos locais de votação da cidade. Os rapazes foram ouvidos no Fórum e liberados.
Conforme o sargento David Dzulinski, que efetuou a detenção, os dois desobedeceram a uma lei municipal, de 2012, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em via pública em Ponta Grossa. Além disso, os rapazes estavam ouvindo som alto e a polícia havia recebido denúncias de que eles estavam mexendo com as mulheres que iam votar no colégio. "A PM havia advertido que eles entrassem em casa, mas 30 minutos depois voltaram à rua e deixaram o som alto, por isso, também foram autuados por desobediência", comenta o sargento. A prisão não se deu pela Lei Seca.
No município, a PM também deteve um mesário, na Vila Coronel Cláudio, que estacionou seu carro, com adesivos de um partido, em frente ao local de votação. O mesário, no entanto, foi apenas advertido e retirou seu veículo da frente da escola. Conforme o juiz André Schafranski, de Ponta Grossa, o segundo turno foi tranquilo e nada grave foi registrado. No plantão eleitoral da Polícia Federal e da Guarda Municipal não houve ocorrências.
Operação
A "Operação Eleições" foi lançada às 7h de sábado (25/10), com intensificação no policiamento durante a distribuição das urnas eletrônicas nos colégios eleitorais e segue até após o término do pleito.
Com efetivo de 8.980 policiais militares aplicado durante todo o domingo em todas as cidades do estado. "Com o esquema de segurança que estruturamos, unindo as forças policiais, esperamos que a eleição transcorra na mais absoluta tranquilidade, a exemplo de como foi no primeiro turno. Não vamos admitir irregularidades, como boca de urna e transporte irregular de eleitores", afirmou o secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, através da assessoria de imprensa.
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