A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou no último sábado que houve desvio de recursos na Petrobras e que pretende fazer o possível para ressarcir os danos causados aos cofres públicos. "Eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. [...] Houve [desvio], viu!", disse.

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A declaração foi feita durante coletiva no Palácio do Planalto, quando a presidente foi questionada sobre quais medidas administrativas poderia tomar em relação às denúncias de corrupção envolvendo a estatal. Dilma não detalhou que tipo de desvio houve tampouco o montante.

Dilma ainda deixou claro que é preciso esperar a conclusão da ação judicial para saber exatamente quanto deverá ser ressarcido. "Daqui para frente, a não ser que eu seja informada pelo Ministério Público ou pelo juiz, eu não tenho medida nenhuma a tomar. Não é o presidente quem processa. Eu tomarei todas as medidas para ressarcir tudo e todos. Mas ninguém sabe hoje ainda o que deve ser ressarcido. A chamada delação premiada onde tem os dados mais importantes não foi entregue a nós. Até eu pedi. Pedi tanto para o Ministério Público quanto ao ministro do Supremo, que disseram ser sigiloso", disse.

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A presidente também criticou os vazamentos seletivos em relação às revelações dos delatores do esquema. "Eu não vou aqui comemorar nada. Só acho que o pau que bate em Chico, bate em Francisco. Essa é uma lei."

Gleisi

Ontem, Dilma declarou que, apesar de existirem "indícios claros" de que houve desvio de dinheiro na Petrobras, ainda não se sabe "quem de fato cometeu esses crimes". A declaração foi dada em entrevista coletiva em São Paulo após ser questionada sobre o suposto envolvimento de sua ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no escândalo da estatal.

"Os indícios são claros de que houve desvio, senão não teria havido delação premiada [do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa], nem essa investigação. Mas não sei, nem aqui ninguém sabe, quanto [foi desviado], nem quem [desviou]", declarou a presidente.

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