O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira (17) que o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter citado o suposto envolvimento de um tucano nas denúncias na Petrobras mostra que ela "agora parece crer" nas denúncias de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da petroleira.

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"Pela primeira vez --eu não conheço esse depoimento--, mas pelo menos ela agora parece confirmar, parece crer nos depoimentos de Paulo Roberto. Não vimos ainda nenhuma atitude dela em relação a pessoas muito próximas a ela que são citadas como receptoras desse propinoduto que se criou na Petrobras", afirmou Aécio ao chegar a Salvador para atividades de campanha.

Costa disse ao Ministério Publico Federal ter repassado propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em março deste ano, para que ele ajudasse a esvaziar uma CPI da Petrobras em 2009.

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Nesta quinta (16), em debate com Aécio, Dilma citou o caso, que acabara de ser noticiado. "Veja o senhor que é muito fácil o senhor ficar fazendo denúncias. Por isso é que eu digo que o que importa, candidato, quando a gente verifica que o PSDB recebeu propina para esvaziar uma CPI, o que importa, candidato? Importa investigar". afirmou.

Na ocasião, Aécio disse que "pela primeira vez" Dilma dava "credibilidade" às denúncias de Costa, e afirmou que o PT dificulta as apurações na CPI instalada no Congresso.

Nesta sexta (17), ao retomar o tema, afirmou que "se alguém tiver responsabilidade, independentemente de partido político ou sem partido político, deve responder pelos seus atos". O tucano disse lamentar o tom belicoso da campanha, fato que atribuiu à Dilma.

"Lamentavelmente, minha adversária optou por falar do passado e focar na campanha em ofensas e denúncias [...] Ela própria diz que são dois projetos distintos e são realmente dois projetos completamente distintos. Mas, obviamente, as ofensas, calúnias e, principalmente, as mentiras não ficarão sem resposta", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff (PT) responsabilizou nesta sexta o tucano pelo aumento dos ataques pessoais na reta final da campanha eleitoral e disse que foi "levada" a adotar um tom agressivo. Questionada se pretendia mudar o rumo da campanha, Dilma respondeu: "Eu não estou tomando este rumo, fui levada a esse rumo. Acredito que os debates seriam melhores se fossem mais propositivos".

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GIRO PELO NORDESTEO senador tucano visita dois Estados do Nordeste hoje, Bahia e Paraíba. Em Salvador, recebeu o apoio de Eliana Calmon (PSB), candidata derrotada ao Senado --o PSB na Bahia resolveu apoiar Dilma, mas a ex-corregedora nacional de Justiça, ligada ao grupo de Marina Silva (PSB), fechou com Aécio.

Aécio afirmou que irá priorizar o Nordeste em seu eventual governo. "Só vamos diminuir as desigualdades tratando as regiões desiguais de forma desigual", disse.