Veja como jornais de todo o mundo noticiaram a morte de Eduardo Campos:
O jornal britânico Financial Times disse que a morte de Eduardo Campos altera a o quadro eleitoral no Brasil.
O italiano Il Messaggero: "tragédia no Brasil".
O jornal francês Le Monde apresentou Campos como um líder socialista próximo à terceira via, "um homem de esquerda favorável à economia de mercado".
O britânico The Guardian fez uma projeção da eleição sem Campos, e disse que o debate sobre o futuro da campanha já teve início.
"Tragédia aérea", noticiou o jornal argentino Clarín.
O jornal argentino La Nación publicou uma biografia de Campos e analisou a trajetória política do candidato, apresentado como uma "alternativa à polarização entre PT e PSDB".
O site do diário italiano Corriere Della Sera destacou que Campos estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
O Correio da Manhã, de Portugal, tratou Campos como "adversário de Dilma".
O jornal paraguaio ABC Color comparou o acidente ao que matou o candidato à Presidência do Paraguai Lino César Oviedo, em fevereiro de 2013.
Para o El País, da Espanha, morte "revoluciona" a campanha eleitoral brasileira.
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O mundo da política brasileira parou ontem, chocado com a trágica morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. A presidente Dilma Rousseff (PT) interrompeu a agenda oficial e de campanha e decretou luto oficial de três dias. O senador Aécio Neves (PSDB) também suspendeu todos os compromissos eleitorais para prestar homenagens a Campos.
Emocionada, Dilma disse ontem, num rápido pronunciamento oficial, que manteve uma relação de "respeito mútuo" com o ex-governador de Pernambuco: "Um homem que poderia galgar os mais altos postos do país". A presidente confirmou que vai comparecer ao velório de Campos, inicialmente previsto para amanhã. "Sem sombra de dúvidas é uma perda. Para além das nossas divergências, nós mantivemos sempre uma forte relação de respeito mútuo", disse a presidente.
Aécio Neves, em entrevista coletiva, lamentou a perda. "Eduardo era um dos grandes representantes da boa política. Convivi com ele por 20 anos", disse, lembrando que os dois trocaram mensagens pela última vez no domingo, quando Bernardo, o filho recém-nascido do tucano, teve alta do hospital. "Guardarei com muito carinho a mensagem que recebi de Eduardo no Dia dos Pais", afirmou o tucano. Aécio confirmou que cancelou sua agenda nos próximos dias. "Cancelei a minha agenda dos próximos dias sem prazo para que possamos nos recuperar", afirmou.
O ex-presidente Lula, de quem Eduardo Campos havia sido ministro, disse estar "profundamente entristecido com a morte trágica" do ex-governador de Pernambuco e presidenciável.
Nos bastidores, PSDB e PT já se preparam para enfrentar Marina
Folhapress
Apesar das declarações de pesar e do choque causado pela notícia da morte de Eduardo Campos, integrantes do PSB, do governo Dilma, do PT e da campanha do tucano Aécio Neves avaliam reservadamente acreditar na consolidação, nos próximos dias, do "caminho natural" ou seja, a oficialização do nome de Marina Silva para a Presidência da República. E as campanhas já começam a preparar suas estratégias para a nova adversária.
No PT e no governo Dilma, a avaliação preliminar é que haverá uma "comoção" que contribuirá para a consolidação da candidatura de Marina no lugar de Campos. Interlocutores do ex-presidente Lula dizem que o ideal, para Dilma, seria o PSB optar pela neutralidade, mas avaliam que isto é praticamente impossível. Com a entrada de Marina, a cúpula petista já conta com prejuízos para Dilma, pois fica praticamente assegurado um segundo turno.
Já para o PSDB, a candidatura de Marina é nociva por tirar votos hoje endereçados a Aécio Neves. Em compensação, os tucanos fazem a mesma avaliação dos petistas, de que o segundo turno fica garantido. Alguns tucanos acreditam que apoios de setores importantes de partidos como o PPS poderiam migrar para a campanha do PSDB, por não terem identificação ou simpatia por Marina.
Globo adia sabatinas
As sabatinas com os candidatos a Presidência que o Jornal Nacional vinha exibindo nesta semana foram adiadas após a morte de Eduardo Campos. A presidente Dilma (PT) seria entrevistada ontem e Pastor Everaldo (PSC), hoje. Segundo a emissora, as entrevistas ocorrerão na próxima semana. Campos havia sido sabatinado na terça-feira. E Aécio Neves (PSDB), na segunda.
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