A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) escolheu como tema para coletiva de imprensa cedida nesta segunda-feira, 29, o BNDES e os bancos públicos. Dilma defendeu a política do banco de fomento em seu governo e chamou de "leviandade" a forma que os adversários vêm tratando o BNDES na campanha.
Dilma citou os adversários Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), alegando que os dois propõem reduzir o financiamento por meio de bancos públicos, o que colocaria em risco programas como Minha Casa, Minha Vida e o Fies, de financiamento estudantil. "É uma temeridade essa discussão a respeito da redução do papel dos bancos públicos, seria tirar o maior instrumento de financiamento de longo prazo", afirmou. "Um fala em reduzir tamanho e outro fala diminuir o papel dos bancos públicos", disse Dilma sobre Aécio e Marina.
Questionada sobre a chamada política de benefício a empresas "campeãs nacionais" pelo banco de desenvolvimento, Dilma disse que se trata de um "factoide" e repetiu um dado que havia apresentado em sua fala de abertura da coletiva - de que, das mil maiores empresas brasileiras, 783 tem financiamento do banco.
"É um factoide para carimbar no BNDES algo que não deve ser carimbado, que o BNDES privilegia este ou aquele. O banco não faz isso", afirmou a presidente. O mercado chama de "política de campeãs nacionais" a atuação do banco de emprestar, com juros subsidiados, a maior fatia de seus recursos a empresas grandes, chamadas de "campeãs", em vez de pulverizar o crédito para pequenas e médias empresas.
Dilma chamou o BNDES de patrimônio brasileiro e disse que a instituição, assim como outros bancos públicos, desempenha um papel importante e anticíclico, permitindo investimentos em momentos de crise econômica. Afirmou ainda que praticamente todas as grandes obras do País, de aeroportos, rodovias, ferrovias, só são possíveis com financiamento da instituição." O BNDES não é um banco qualquer, é um banco de grande porte", disse ao lembrar que o BNDES fica atrás apenas dos bancos de desenvolvimento da China e da Alemanha, com ativos de U$ 368 bilhões.
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