A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira (28) que a campanha eleitoral será "baseada na mentira" e voltou a rebater a adversária Marina Silva (PSB), dizendo que não basta trazer pessoas boas para governar, mas que é necessário pessoas "compromissadas com distribuição de renda".
"Na primeira eleição de Lula a gente dizia 'a esperança vai vencer o medo' e venceu. Agora nós estamos diante de uma campanha que vai estar baseada na mentira. Na mentira como eles fizeram durante a Copa do Mundo, que disseram 'não vai ter Copa, não tem aeroporto, não tem estádio, não tem rua, não tem nada', e teve Copa", discursou Dilma, ao participar de evento na Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).
Apesar de priorizar a polarização com o PSDB e comparar o governo FHC com os 12 anos da gestão petista, Dilma também aproveitou para rebater a campanha de Marina, atualmente a segunda colocada nas pesquisas sobre a disputa presidencial.
O conselheiro econômico de Marina, Eduardo Giannetti da Fonseca, havia afirmado que Marina vai procurar pessoas do PT e do PSDB para governar com ela. Marina também já disse em entrevista que vai governar "com os melhores". Dilma ironizou essa possibilidade.
"Essa história que você acha os bons ou os melhores sem aferição não está certa não. Como é que eu vou fazer uma política da agricultura familiar com quem não defende a agricultura familiar? A pessoa pode ser ótima, mas ela não tem nenhum compromisso com agricultura familiar. Ela não fará. Não é uma questão da pessoa ser boa ou ser ruim, é uma questão de que compromisso ela tem. É melhor ter pessoas boas e compromissadas do que pessoas boas e sem compromisso", discursou a presidente.
Em entrevista, ela repetiu o raciocínio. "Para mim, os bons desse país são aqueles que têm compromisso com a distribuição de renda e inclusão social", afirmou Dilma, dizendo depois que a gestão do PSDB na Presidência não teve esse compromisso.
A presidente afirmou que, diante de crise econômica, a gestão FHC arrochou salários e aumentou tributos, enquanto seu governo manteve emprego, investimentos e aumento do salário mínimo. "Eu não pretendo de maneira alguma acabar com a política de valorização do salário mínimo, temos certeza que ela contribuiu para esse país chegar onde chegou", disse Dilma.
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