Em entrevista a rádios da Bahia nesta quinta-feira (9), a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) acusou os adversários de criarem uma "oposição ridícula" entre o Sudeste e o Nordeste.
"É uma visão preconceituosa e elitista. [Estão] dizendo que meus votos são os dos ignorantes e dos letrados são os deles. Eles não andam no meio do povo, não dão importância ao povo. Querem desqualificar, destilar um ódio mal resolvido", afirmou.
A presidente associou o PSDB do adversário Aécio Neves ao "conservadorismo" e disse que o povo "tem que lutar pelas conquistas dos últimos 12 anos". E mirou nos eleitores que ascenderam socialmente, afirmando que criou a classe média que cresceu nos últimos anos no país."Temos de foco nos mais pobres. Mas também fizemos política para classe média ascendente que nós mesmos criamos", afirmou.
A presidente afirmou que está "tranquila" em relação ao segundo turno, minimizando o apoio de outros partidos, como o PSB, a Aécio: "Ninguém é dono do voto das pessoas".
Destacou o alcance de programas sociais como o Pronatec, criticando a política de escolas técnicas no período de governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"No governo do meu candidato adversário, eles proibiram o governo federal de construir escolas técnicas. Com isso, eles só construíram 11 escolas em todo o período de governo deles. No meu período eu fiz 208 escolas técnicas e 214 no período Lula", comparou.
OlodumAo falar sobre políticas culturais, Dilma prometeu ampliar o alcance de projetos do setor. Em tom de brincadeira, afirmou ser "pardinha" e pediu uma vaga no Olodum --um dos mais tradicionais blocos afros Salvador.
Dilma ainda destacou investimentos em transporte urbano e infraestrutura hídrica no Nordeste. E afirmou que veio à Bahia para agradecer a votação expressiva que teve no primeiro turno e "pedir mais" votos no segundo turno.
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