Terceira colocada na disputa pela Presidência da República, com 21% dos votos válidos, Marina Silva (PSB) desistiu de se pronunciar nesta quinta-feira (9) a favor da candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. A ex-senadora não definiu uma nova data para declarar apoio a Aécio.
Marina oficializaria o apoio ao tucano em Brasília após a reunião dos partidos que compunham sua coligação, mas desistiu da viagem em cima da hora. A ex-senadora ficará em São Paulo e avisou a interlocutores que prefere adiar a declaração pública de aliança com o PSDB.
Cortejada por tucanos e petistas, Marina avaliou que caso conseguisse construir consenso em torno de Aécio entre os partidos que a apoiaram ao Planalto, poderia ser poupada da fala pública sobre o assunto neste momento e se viria livre para esperar os movimentos do tucano em sua direção.
Marina quer acenos de Aécio à esquerda, principalmente em relação aos índios e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
O PSB, legenda que abriga Marina desde outubro de 2013, declarou nesta quarta-feira (8) apoio ao tucano. O PPS também fechou com Aécio. A Rede, grupo político liderado pela ex-senadora, deu o aval para que ela se alie ao tucano e liberou os eleitores para votar em branco, nulo ou em Aécio. PHS, PRP e PSL tendem a seguir as outras legendas.
A única resistência vem do PPL, que não quer declarar voto nem em Aécio nem na presidente Dilma Rousseff (PT).
FHCMarina visitou na manhã de quarta o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A conversa, segundo relatos, durou cerca de vinte minutos em que o tucano parabenizou a pessebista pelo resultado nas eleições e se disponibilizou a ser o canal de interlocução entre ela e Aécio.
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