A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), completou nesta segunda-feira, 20, mais de um mês (31 dias) sem por os pés no Palácio do Planalto. Durante o mês de setembro, em alguns momentos, o governo ainda tinha preocupação de planejar algumas "agendas casadas" para que Dilma aparecesse cumprindo algum compromisso como presidente que, em seguida, se transformaria em ato de campanha. Mas, neste mês de outubro, quando o Planalto sentiu uma ameaça à reeleição, pelo crescimento nas pesquisas do tucano, Aécio Neves, a agenda presidencial foi praticamente abandonada e Dilma passou a dedicar-se quase que exclusivamente à sua reeleição.
Entre o primeiro e segundo turno, a única agenda oficial de Dilma, até agora, foi o comparecimento às urnas para votação, em Porto Alegre, dia cinco de outubro. Nesta terça-feira, dia 21 de outubro, no entanto, Dilma visitará, como presidente, a fábrica da Fiat, em Goiana (PE). Apesar de tratar isso como evento oficial, a visita tem objetivo eleitoral: usar declarações de tucanos condenando a articulação do ex-presidente Lula por ter conseguido levar a nova fábrica da Fiat para Pernambuco, ao invés de instalá-la em Minas. Como Dilma perdeu as eleições no primeiro turno para Marina Silva, do PSB, em Pernambuco, e quer capitanear esses 2,3 milhões votos que a ex-senadora recebeu, neutralizando o apoio da viúva do governador Eduardo Campos ao tucano, o governo pretende usar o discurso que o PSDB de Aécio Neves era contra a fábrica ter ido para Pernambuco gerar emprego naquele estado.
Lula e Dilma lado a lado pretendem mostrar que o governo petista apoiou o investimento no estado e quer uma fábrica no interior pernambucano para melhorar a vida dos moradores do estado, com melhores empregos e oportunidades.
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