A política do governo para a indústria fica como está caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita nesta eleição. A afirmação é de Alessandro Teixeira, coordenador do programa de governo da candidata do PT.
Isso significa manutenção de medidas protecionistas para o setor, incentivo à compra de produtos nacionais e forte apoio dos bancos públicos como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Teixeira reconhece que há problemas na indústria e afirma que um segundo governo Dilma seria pautado também pela busca do aumento da eficiência nas empresas. A direção, no entanto, não muda.
A política industrial do governo foi duramente criticada durante debate promovido pelo jornal "Valor" nesta quarta-feira (24), com os formuladores da política econômica dos três principais candidatos à Presidência da República.
Teixeira debateu com Armando Castelar, da equipe de Aécio Neves (PSDB), e Maurício Rands, coordenador do programa de governo de Marina Silva (PSB). Os adversários políticos do petista fizeram coro com as queixas cada vez mais frequentes do empresariado.
A indústria brasileira estagnou nos últimos anos, perdeu espaço no comércio internacional e começou a demitir. É o setor empresarial que mais reclama do governo Dilma. A maior parte dos industriais diz que não consegue se planejar porque a economia do país é confusa e desorganizada.
Na visão do tucano Castelar, para o empresário hoje vale mais a pena ir a Brasília pedir um favor ao governo do que investir na produtividade sua fábrica "Não existe política de competitividade no Brasil", disse Castelar. "O que há é política de proteção da falta de competitividade".Para Rands, o modelo atual tem a feição do nacional desenvolvimentismo dos anos 70."A indústria nacional não está pedindo mais protecionismo. Ela quer a eliminação dos entraves que aumentam o custo de produzir no Brasil". Nesse ponto, ele foi aplaudido pelos economistas e executivos de empresas presentes ao evento.
Os representantes de Aécio e Marina não citaram medidas concretas para recuperar a competitividade da indústria.
Disseram que o resgate passa por uma política econômica mais rigorosa no trato dos gastos públicos, no combate à inflação controle de gastos e por uma melhora no ambiente para os negócios, que ficaria mais amigável com a realização das reformas estruturais (tributária, política, administrativa e previdenciária).
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