Base aliada
PMDB terá maior número de governadores a partir de 2015
Katna Baran
Nas disputas partidárias, o PMDB foi a legenda que mais conseguiu eleger governadores: saiu vencedor em sete estados. O PT vem em seguida com cinco eleitos, mesma quantidade de governadores do PSDB a partir de 2015. O PSB conseguiu três eleitos. Logo em seguida, estão PSD e PDT, com dois governadores cada um. PCdoB vai governar o Maranhão; PP estará à frente do Executivo de Roraima e o Pros reelegeu o governador do Amazonas.
Entre os eleitos, 15 governadores são da base de apoio da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). Sete foram eleitos ainda na primeira etapa da eleição e oito venceram no 2º turno. Os eleitos no Amazonas (José Melo Pros), Distrito Federal (Rollemberg PSB) e no Maranhão (Flávio Dino PCdoB) se mantiveram neutros na disputa presidencial. Os outros nove governadores eleitos são da oposição ao governo petista.
Com o fechamento das urnas no segundo turno nos estados, a presidente Dilma Rousseff (PT) também saiu vencedora, conquistando a maioria dos apoios entre os governadores eleitos. Considerando também os resultados de primeiro turno, a petista soma 15 governadores na base aliada a partir de 2015. Nove outros eleitos incluindo Beto Richa (PSDB), no Paraná são da oposição e três futuros governadores ficaram neutros na disputa presidencial.
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A eleição mais apertada entre os estados ocorreu no Acre, onde Tião Viana (PT) foi reeleito com 51,29% dos votos válidos. Lá, o resultado só foi confirmado por volta das 22 horas, já que o estado está três horas atrasado em relação ao horário de Brasília. Além do Acre, outros seis estados reelegeram seus governadores no segundo turno: Amazonas, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia. No primeiro turno, quatro governadores foram reeleitos.
No Pará, a disputa também foi acirrada. O atual governador Simão Jatene (PSDB) acabou reeleito com 51,92% dos votos válidos, desbancando Helder Barbalho (PMDB). No Ceará, o petista Camilo Santana saiu vencedor do pleito com 53,3% dos votos válidos, repetindo a preferência dos eleitores no primeiro turno. Na Paraíba, a maior parte dos eleitores escolheu reeleger o governador Ricardo Coutinho (PSB), que reverteu o segundo lugar obtido no 1º turno.
No Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) também conseguiu reverter o resultado da primeira etapa da eleição e foi eleito com 54,42% dos votos disputando contra o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Ainda na região Norte, Waldez Góes (PDT) repetiu a preferência do primeiro turno e foi eleito governador do Amapá. Em Rondônia, o peemedebista Confucio Moura conquistou 53,43% dos eleitores e foi reeleito.
Já em Roraima, os eleitores escolheram Suely Campos (PP), única mulher eleita governadora no país. Ela entrou na disputa no lugar do marido, Neudo Campos (PP), considerado "'ficha suja" pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado. No Amazonas, José Melo (Pros) conseguiu reverter a disputa apertada do primeiro turno e foi reeleito com 55,55% dos votos válidos na disputa contra o peemedebista Eduardo Braga.
Na região Centro-Oeste, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) manteve a vantagem do primeiro turno e foi eleito governador de Brasília contra Jofran Frejat (PR) com uma diferença de 11 pontos porcentuais. Situação parecida ocorreu em Goiás, onde Marconi Perillo (PSDB) manteve a primeira colocação e foi reeleito com 57,44% dos votos. No Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja conseguiu reverter a preferência dos eleitores contra o petista Delcídio Amaral.
No único estado da Região Sul com segundo turno para o governo, o Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) conseguiu superar a votação do atual governador Tarso Genro (PT). O estado é conhecido por não reeleger governadores. No Rio de Janeiro, região Sudeste, a diferença entre Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB) foi de 11,5 pontos porcentuais a favor do peemedebista. Como assumiu a cadeira no lugar de Sérgio Cabral (PMDB), Pezão foi considerado reeleito no estado.