Nas próximas três semanas, 28 candidatos continuam a corrida para se eleger governador em 13 Estados e no Distrito Federal. Mas para a metade deles a disputa será também contra um retrospecto desfavorável.
Veja o resultado da apuração dos votos para governador no Paraná
Veja o resultado da apuração dos votos para governador na cidade de Curitiba
Desde que o segundo turno começou a valer nas eleições para governador no país, em 1990, 24 candidatos conseguiram vencer de virada, ou seja, ficaram em segundo lugar no primeiro turno, mas venceram no segundo.
O número representa 30% das 80 eleições de segundo turno para governador que ocorreram até 2010.
Além disso, desde 1990, o percentual de candidatos que conseguiu vencer de virada tem oscilado. Foram cinco viradas em 1990 (31%, ante as 16 disputas de 2º turno), seis em 1994 (33%), cinco em 1998 (38%), três em 2002 (21%), três em 2006 (30%) e duas em 2010 (22%).
A tarefa de virar o jogo será mais difícil ainda para os cinco candidatos que ficaram mais de dez pontos percentuais atrás do mais votado na eleição de domingo (5).
A maior diferença está no Rio de Janeiro, onde Marcelo Crivella (PRB) ficou 21 pontos atrás do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta se reeleger.
No Acre, Márcio Bittar (PSDB) ficou 19 pontos atrás do governador Tião Viana (PT). Em Goiás e no Distrito Federal, a diferença entre os candidatos foi de 17 pontos, e no Amapá, de 14.
Por outro lado, em alguns Estados a disputa terminou praticamente empatada. No Ceará, por exemplo, a diferença entre Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT) foi de 1,4 ponto percentual, com vantagem para o petista de menos de 60 mil votos (num colégio eleitoral de mais de 6 milhões de pessoas).
Equilíbrio
Amazonas começa a segunda parte da campanha eleitoral com a disputa mais equilibrada de todos os Estados: o governador José Melo (Pros) teve apenas 1.907 votos a menos que seu adversário Eduardo Braga (PMDB), ou 0,12 ponto percentual de diferença.
Outros Estados onde a disputa ficou praticamente empatada são Rondônia, com Expedito Júnior (PSDB) com 0,44 ponto atrás de Confúcio Moura (PMDB); Paraíba, onde o governador Ricardo Coutinho (PSB) ficou 1,39 ponto atrás do senador Cássio Cunha Lima (PSDB); e Pará, com o governador Simão Jatene (PSDB) 1,4 ponto atrás de Helder Barbalho (PMDB).
No Rio Grande do Sul, o desafio do atual governador, Tarso Genro (PT), é vencer sua alta rejeição (na casa dos 30%) e conseguir a virada diante de uma das principais surpresas das eleições deste ano, o peemedebista José Ivo Sartori.
O ex-prefeito de Caxias do Sul largou em terceiro e, na contagem dos votos, apareceu oito pontos percentuais à frente do petista. Além disso, Tarso tentará conseguir um feito inédito: nunca os gaúchos reelegeram um governador.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro