Vera Lúcia Gribel: "Me senti lesada no meu direito de cidadã"| Foto: Nicola Iannuzzi/Colaboração do leitor
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Três eleitores de Curitiba relataram problemas na seção eleitoral e não conseguiram votar neste domingo (5). Nos três casos, os eleitores chegaram às seções, apresentaram o título de eleitor mas, na hora da conferência por parte dos mesários, houve a acusação no sistema eleitoral de que eles já haviam votado. Porém, supostamente outras pessoas votaram no lugar deles. A Justiça eleitoral trata o caso como falha humana.

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O primeiro caso ocorreu em uma seção eleitoral localizada no bairro Boa Vista, na esquina das ruas Padre Germano Mayer e Nossa Senhora da Luz. A professora Talitha Rodrigues de Andrade Meros, 31, compareceu ao local de votação no início da tarde. Com a impossibilidade de votar, procurou o delegado da seção, que apenas colocou o problema em um livro de registros.

Por volta das 15h, segundo o marido dela, Jader Elias Meros, 30, ambos foram ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para registrar o ocorrido e saber quais as providências deveriam ser feitas. "Não foi feito nada no local de votação então viemos até o TRE", disse Meros.

Por volta das 14h horas, a estilista Vera Lucia Gridel, 63, diz ter passado pelo mesmo problema. Às 16h, a eleitora ainda estava no local de votação, na Escola Estadual Conselheiro Zacarias, no Alto da Glória, para que alguma providência fosse tomada. "Quero façam alguma ata, que registrem isso, para dar prosseguimento a situação, pois eu não consegui votar", reclamou. "Fiquei muito chateada porque eu estudei para votar nas pessoas que escolhi. Me senti lesada no meu direito de cidadã."

Troca de eleitores

No Colégio Decisivo, no bairro Cristo Rei, o bancário Marcus Vinícius Betencourt de Oliveira, 34, também não conseguiu votar pelo mesmo motivo. A diferença foi que, por decisão dos mesários, ele votou pela pessoa que supostamente teria votado no lugar dele.

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"Eu apresentei o título, mas o comprovante do meu voto já havia sido levado. Como havia uma pessoa com nome parecido, me solicitaram votar no lugar dessa pessoa, e foi o que eu fiz". O eleitor pensa em registrar o problema no TRE-PR.

Falha

A assessoria de comunicação do TRE-PR trata os três casos como falha humana, em função do alto número de eleitores no estado. O TRE-PR informou que isso já é esperado pela Justiça Eleitoral, pois o mesário, nestes casos, habilita no sistema da mesa de votação um número diferente do que está no título de eleitor de quem vai votar.

Segundo o TRE-PR, o eleitor é orientado a procurar o delegado da seção eleitoral e tem o direito de reclamar do caso, mas pouco pode ser feito, já que a votação já ocorreu.

Sobre a decisão dos mesários em deixar o bancário votar no lugar da pessoa que supostamente votou no lugar dele, o TRE-PR disse que isso depende do consentimento dos mesários com a situação. Segundo o TRE-PR, se o mesário conseguir identificar qual o eleitor com o qual houve a confusão de nomes ou títulos, pode haver essa troca de votações.

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Ainda de acordo com o tribunal, mesmo com a conferência da biometria, pode haver a troca de eleitores. A identificação biométrica, segundo o TRE-PR, nas máquinas que ficam na mesa de votação, mostra os eleitores que estão naquela seção eleitoral e não necessariamente o eleitor que apresenta determinado documento.